O ministro da economia, Paulo Guedes, enviou ao Congresso, em meados de março deste ano, 19 projetos que teriam o objetivo (segundo ele) de ”proteger a economia brasileira de crises externas, Recuperar espaço fiscal para a concessão de estímulos a economia e Aumentar a segurança jurídica para novos investimentos”.
Este pacote de projetos se caracteriza por ser, principalmente de caráter tributário, orçamentário (destino do gasto público) e estrutural (privatizações). Com a crise da pandemia estes projetos ficaram paralisados, mas não esquecidos e, segundo Rodrigo Maia (DEM), presidente da câmara de deputados, deverão voltar à pauta, agora em julho como prioridades.
A pressa do sr. Rodrigo Maia com as reformas demonstram que a suposta beligerância entre ele e o presidente golpista Bolsonaro não passa de rusgas de comadres e que os dois, aliados a PSDB, PMDB e outros partido burgueses, mantém o interesse comum que é espoliar o país e massacrar os trabalhadores brasileiros em nome do lucro do setor privado.
As reformas que estarão em pauta e tem como objetivo um ataque maior aos direitos dos trabalhadores, ao alívio tributário das empresas, subsequentemente aos empresários e capitalistas dos mercados acionários, à entrega do BC ao mercado financeiro (chamado de forma hipócrita de autonomia) e principalmente a entrega do patrimônio público – as estatais – ao setor privado e nesse caso, preferencialmente ao americano.
A primeira estatal que entrará na pauta de privatização deverá ser a Eletrobrás, que desde novembro do ano passado é alvo primordial da cobiça imperialista, com um Projeto de Lei feito no dia 05 daquele mês para a sua venda e que já se deslumbrava a efetivação do negócio no segundo semestre deste ano.
Mesmo com o governo tendo o ódio da maioria esmagadora dos trabalhadores e essa grande parte da população sendo contra as privatizações, não faltará da imprensa burguesa e dos políticos da direita, centro e mesmo alguns da chamada esquerda, o apoio aos projetos, em nome das contas públicas da da economia nacional.
Vale lembrar que esses grupos são os responsáveis pelo regime fascista em que nos encontramos e pelo caos econômico que enfrentamos, são eles os que levaram a mais de 6 milhões de novos desempregados neste trimestre, na expectativa do IBGE,, são eles, porta vozes da burguesia que deixaram mais da metade dos trabalhadores no Brasil procurando trabalho e foram eles que defenderam o fim dos direitos trabalhistas e reforma da previdência prometendo mais emprego.