Após recente ataque à embaixada dos EUA em Bagdá, capital do Iraque, o governo iraniano refutou as acusações dos EUA sobre sua suposta ligação. Por parte dos EUA, o governo não perdeu tempo em acusar o país persa. No mesmo dia, o secretário interino dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acusou as autoridades iranianas de terem se envolvido no ataque contra a embaixada, localizada na Zona Verde de Bagdá, corrido nesse domingo, 20.
Em sua conta social do Twitter, Said Jatibzade, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, afirmou que o Irã se opõe a qualquer ataque a missões diplomáticas, rejeitando tal afirmação. Ademais, Jatibzade ressaltou que a presença militar dos EUA em território iraquiano é uma fonte de instabilidade na região.
“Nós nos opomos categoricamente às acusações tolas de Pompeo contra o Irã, que visam abertamente criar uma fonte de tensão na região [da Ásia Ocidental]”, escreveu Said Jatibzade, em uma mensagem postada no Twitter na segunda-feira, 21. Pouco tempo antes, o chanceler iraniano havia condenado as declarações de Pompeo, pois, segundo ele, “elas pareciam ter sido preparadas com antecedência”.
“Acredito que o governo iraquiano encontrará definitivamente os culpados e advirto os Estados Unidos para não buscarem agravar a situação nos dias de hoje”, disse o porta-voz, acrescentando que “o tipo de ataque, o momento da execução e o comunicado de Pompeo mostram como os fatos são suspeitos”.
We strongly refute @SecPompeo's irresponsible anti-#Iran accusations, which blatantly aim to create tension.
Iran rejects any attack on diplomatic missions.
The U.S. military presence is the source of instability in our region. No amount of spin can divert blame for its evils.
— Saeed Khatibzadeh | سعید خطیبزاده (@SKhatibzadeh) December 21, 2020
Vale lembrar que o governo norte-americano está diretamente envolvido no assassinato de dois destacados membros do governo iraniano, onde, em ação terrorista deflagrada através de uma tocaia, em 3 de janeiro, os EUA apelaram para uma operação terrorista realizada em Bagadá por ordem direta do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump. O assassinato de Soleimani e seu parceiro, considerados heróis na luta contra o terrorismo regional, não obstante provocou a ira não só dos iranianos, mas de todo o povo iraquiano; o que resultou no fato do Parlamento iraquiano ter aprovado uma resolução exigindo a retirada das tropas americanas de seu território.