Pra quem tinha dúvidas se o golpe de 2016 foi dado em conjunto com os militares, basta dar uma olhada onde se encastelaram os elementos das Forças Armadas. O avanço dos militares no governo de extrema-direita que está aí é extraordinário. Militares não tem nada a ver com a Saúde, mas, mostram o avanço que estão tendo dentro do regime, ocupando todos os cargos possíveis.
Em tempos de coronavírus, militares já ocupam 21 cargos na Saúde, em postos de direção e até em áreas especializadas. Parte veio de outros setores e não têm conhecimento especializado na área. Estranhos a quaisquer procedimentos profiláticos, treinados para matar, são os antípodas de qualquer noção que tenhamos de saúde.
Nota-se que a “ocupação militar” não é periférica, de apoio, mas o processo já atinge até mesmo cargos estratégicos em áreas especializadas de assistência em saúde. A coisa vem de longe, ou seja, o processo de militarização na saúde começou com a entrada do general Eduardo Pazuello como número 2 da pasta, ainda na gestão do ex-ministro Nelson Teich. Com a saída de Teich, Pazuello ficou como interino à frente da pasta. Desde então, as nomeações foram intensificadas. O ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello ampliou a participação da caserna.
Contudo, servidores de carreira do ministério, apontam que já há mais militares em atuação. Dessa forma, dentro da pasta, o grupo costuma dizer que veio para uma missão e está em força-tarefa. A lista de nomeações deve aumentar nos próximos dias.