O governador Camilo Santana (PT), do Estado do Ceará, solicitou ao governo Jair Bolsonaro a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza o envio das Forças Armadas para combater a greve dos policiais militares. O decretou foi assinado na última quinta-feira (20), e estabelece que os militares permanecerão até dia 28 deste mês.
O decreto de autorização de GLO foi assinado pelos generais Fernando Azevedo e Silva e Augusto Heleno, respectivamente ministros da Defesa e do Gabinete de Segurança Institucional.
Em uma live em seu Facebook em que anunciava a operação de GLO, Bolsonaro voltou a mencionar a necessidade de aprovar a exclusão de ilicitude nestas operações para os militares. Isso funcionaria como uma espécie de licença para matar e livraria os militares de terem que responder pelos crimes – torturas, assassinatos, massacres, violações de todos os tipos – que cometessem durante operação.
O governador petista do Ceará cometeu um grande equivoco, pois a operação de GLO autorizada por Bolsonaro abre brecha para que o regime político siga sua evolução em direção a uma ditadura militar, na medida em que os militares ocupem ainda mais espaço político e institucional.
O lugar dos militares é única e exclusivamente dentro dos quartéis. A Polícia Militar deve ser extinta e ser substituída pelo povo organizado e armado.