Nesta semana, o sitio na internet GGN, editado pelo jornalista Luís Nassif, foi censurado de maneira oficial pela 32ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que proibiu que a matéria produzida no site divulgando escândalos no Banco BTG Pactual, fundado por Paulo Guedes, fosse mantida no ar.
O jornalista foi acusado de propagar noticias ofensivas ao banco, o que de acordo com a justiça, poderia abalar a imagem da instituição privada. As reportagens foram escritas pelo próprio Nassif, e pela jornalista Patricia Faermann, revelando desde o escândalo em licitações da Zona Azula da Prefeitura de São Paulo, como também “créditos podres” do Banco do Brasil ligadas à empresa.
As reportagens foram baseadas em investigações que trouxeram em detalhes as licitações, além de levantamentos dos lucros obtidos no banco ligados a pevidência privada no Chile, entre tantas outras manobras ilegais.
A jornalista Patricia Faermann, declarou à revista Fórum que “o processo é um exemplo claro de pressão contra um jornal, que apesar de ‘pequeno’ – como é descrito pelo juiz no despacho – traz à luz pública esquemas de favorecimento, contratos milionários e com falta de transparência, que o banco, seguindo as mesmas regras do livre mercado pelas quais se beneficia, tem obrigação de prestar contas”.
A censura contra o GGN, é mais um exemplo de ataques, como o realizado contra o DCO, contra os órgãos de imprensa independentes que fazem oposição ao governo Bolsonaro e ao conjunto dos capitalistas.
O fato das matérias terem sido tiradas do ar pela justiça, sendo estas ligadas a figuras importantes do governo Bolsonaro, revelam a campanha fascista realizada nas instituições de repressão, que estão promovendo uma caça a toda imprensa de esquerda.
Este ataque, coloca mais uma vez em questão a necessidade de uma ampla campanha contra o fascismo, de união da esquerda em uma verdadeira mobilização pelo Fora Bolsonaro.