Tomou posse dia 09 de setembro o novo presidente do STF ( Supremo Tribunal Federal ) em substituição à Dias Tóffolli. Presidirá a casa Luiz Fux, indicado para o supremo durante o governo de Dilma Roussef.
Luiz Foux é um conservador como todos os demais ministros, pertencendo ao chamado grupo punitivista que se opõe ao garantista. Este grupo adota dentro do Supremo Tribunal Federal a máxima que para situações excepcionais , as decisões devem ser excepcionais, passando por cima das regras estabelecidas.
Apoiador da Lava Jato, em 2019 , na série de denúncias do site The Intercept Brasil, teve sua íntima relação com a operação revelada através de uma conversa entre Deltan Dallagnol e Sérgio Moro onde este disse à Deltan: “ In Fux we trust”, ( em Fux nós confiamos). A frase ficou célebre ao marcar a relação da Lava Jato com o STF.
Nada a se estranhar uma vez que Luiz Fux foi advogado da gigante Shell, personagem mais do que envolvido e beneficiário dos resultados da operação que destruiu a indústria petrolífera brasileira.
Em seu dircurso de posse como presidente do STF , Fux voltou a afirmar seu apoio à Lava Jato, e atribui as mazela do país à herança deixada pela corrupção nos anos anteriores.
A fala de posse de Fux não deixa dúvida sobre o que esperar do novo presidente do STF diante as decisões relacionadas às candidaturas do período eleitoral que se aproxima.
Setores da esquerda fazem matemática dos votos e depositam esperanças no julgamento da suspeição de Sérgio Moro na segunda turma do STF o que poderia devolver os direitos políticos de Lula. Um erro primário que poderia ser evitado por uma breve avaliação no comportamento dos ministros, relevando a absoluta conveniência de suas decisões de acordo com a maior ou menor pressão que a burguesia exerce diante de seus interesses.
O STF é um garantidor dos interesses burgueses capitalistas ,e ha muito trabalha em prol da aniquilação da esquerda e da própria democracia se assim for necessário segundo estes interesses
A garantia dos direitos políticos de Lula e a anulação de seus processos, só será conseguida através da pressão popular que somente as mobilizações de massa podem exercer.
A esquerda precisa urgentemente abandonar as esperanças legalistas, e a ilusão de que existem setores democráticos dentro da direita com os quais é possível derrotar o grupo ultra-direitista de Bolsonaro e evitar a destruição econômica e social em curso.
A única saída para o país é a frente de esquerda em torno do único líder verdadeiramente popular capaz de derrotar a direita e de mobilizar o povo brasileiro contra a política criminosa da direita neoliberal no país : o ex- presidente Lula.