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Para mobilizar o povo

Formar comitês e lutar por Lula presidente

Se a defesa do ex-presidente e a luta contra a direita e a extrema direita são centrais, é preciso organizá-las

Como explicamos no editorial do Diário Causa Operária de hoje, a defesa da candidatura de Lula à Presidência em 2022 é uma questão crucial na atual etapa da situação política.

Nosso partido dirige um chamado aos trabalhadores e toda a esquerda para lutar em defesa dos direitos políticos do ex-presidente e por sua candidatura em 2022. Como candidato, Lula tem um enorme potencial para mobilizar a classe operária e todos os explorados e oprimidos. É, incontestavelmente, a figura com maior autoridade política e apoio junto às massas e já mobilizou milhões de trabalhadores ao longo das últimas décadas.

Somente uma ampla mobilização popular pode, de fato, derrotar os planos da direita e colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas. Está na ordem do dia, portanto, impulsionar essa luta. É a principal tarefa prática, organizativa do momento. 

É preciso deslanchar uma vigorosa iniciativa política. Como disse o companheiro Rafael Dantas, em coluna publicada neste Diário, “os ativistas, militantes e dirigentes de esquerda, nos partidos, sindicatos e movimentos populares que já se mobilizaram e lutaram nos últimos cinco anos têm um importantíssimo papel a cumprir”.

A militância de esquerda acumulou uma grande experiência ao longo dos últimos anos de intensa agitação política. O impeachment em 2015 e 2016; as reformas do governo Temer; a defesa de Lula e a luta contra sua prisão e por sua libertação etc., as diversas etapas do golpe de Estado levaram às ruas representantes de todas as lutas sociais às ruas.

Nova etapa, novas forças

Para derrotar Bolsonaro, um produto do golpe, e todos os golpistas que o levaram à Presidência, é preciso mobilizar amplamente a classe trabalhadora da cidade e os sem-terra, os sindicatos, movimentos sociais, operários, estudantes, mulheres, negros e os demais setores explorados e oprimidos da população. 

Por mais que tenham refluído as iniciativas de luta, por mais que os que impulsionaram a luta durante os últimos cinco anos tenham se dispersado, não é o suficiente mobilizar apenas os elementos mais ativos, conscientes e organizados da população. É preciso mais. Muito mais! É preciso falar diretamente aos trabalhadores, à grande maioria da população, ali onde ela estiver”, ressaltou o companheiro Dantas.

Para enfrentar e derrotar Bolsonaro e todos os golpistas, é necessário mobilizar amplamente os que sofrem diretamente com o golpe de Estado e suas consequências. A campanha pela

É preciso chamar os trabalhadores a lutar, é para isso é preciso realizar uma atividade de grande alcance e isso só pode ser feito saindo às ruas, às fábricas, locais de trabalho, bairros operários etc.

A importância dos comitês de luta

Para organizar e realizar uma ampla campanha é preciso ter à disposição os meios adequados. É preciso reunir as pessoas, discutir política, elaborar um plano de ação, dividir tarefas e sair às ruas. Essas são as funções de um comitê de luta.

Os comitês são organismos suprapartidários voltados para a ação, voltados a agrupar toda e qualquer pessoa interessada na luta contra o golpe. A luta contra o golpe é o fator de coesão de todos os comitês de luta, da qual se destaca nesse momento a luta pela candidatura e a eleição de Lula presidente.

Foi assim que muitos companheiros de diversas tendências de esquerda, em diversas partes do País, organizaram a luta contra o impeachment, pelo “Volta Dilma”, contra o processo fraudulento e a prisão de Lula, pela libertação do ex-presidente, por “Lula Livre!”.

A campanha pela candidatura de Lula não deve ser diferente. Pelo contrário, será preciso intensificar e multiplicar todos os esforços feitos nas campanhas anteriores. Panfletar, colar cartazes, fazer reuniões de todos os tamanhos em todos os lugares, palestras, debates, atos públicos, greves, manifestações diversas e muito mais.

Na luta de classes que está em marcha, a burguesia não espera que as direções pequeno-burguesas, burocráticas e esclerosadas, reajam. Pelo contrário, sua paralisia é um serviço prestado ao esmagamento de todo o povo pelos empresários e banqueiros, do Brasil e do estrangeiro. A burguesia e o imperialismo se detém senão diante do medo de uma reação popular. Façamos com que eles tremam!”, concluiu o colunista do DCO.

Como criar um comitê

Um guia publicado anteriormente por este Diário, em meio à luta contra o golpe, fornece algumas orientações que guardam na essência o fundamental sobre como organizar essas células fundamentais da luta em curso.

    1. O primeiro passo é encontrar algumas pessoas interessadas em lutar contra o golpe e montar o comitê. Ajuda fazer uma lista de contatos que podem se interessar em formar um comitê. Essas pessoas podem então ser procuradas e convidadas para uma reunião. Recomenda-se buscar militantes de organizações que são contra o golpe: partidos de esquerda, sindicatos, associações de bairro, ocupações etc.
    2. Uma vez tendo conseguido algumas pessoas, é hora de marcar um dia e encontrar um local para a reunião. A primeira reunião serve para definir o caráter do comitê e já organizar algumas atividades. Para firmar a pauta do grupo, convém elaborar um manifesto pontuando as ações concretas específicas do governo golpista que motivaram sua formação. Esse será uma espécie de proto-comitê.
    3. A partir daí, tendo as pessoas concordado em formar um comitê para lutar contra o golpe, o comitê já pode definir um dia fixo e local para se reunir.
    4. É preciso organizar a divulgação do comitê:
      • 4.1. impressão de filipetas informando sobre a intenção de formar o comitê, horário e local da reunião, para ser distribuída no local em que se pretende iniciar a atuação: escola, universidade, local de trabalho, bairro etc.
      • 4.2. criação de uma página própria colaborativa na internet (a maneira mais simples e rápida é no Facebook), de modo a documentar e dar publicidade imediata a suas ações.
    5. Caso não tenha sido bem sucedido no passo 1, esse será seu verdadeiro início.
    6. Todas as reuniões servem para organizar alguma atividade, independentemente de contar com uma, duas, cinco dez ou cinquenta pessoas. Quando o comitê ganhar algum volume, é hora de um lançamento oficial do comitê, com um debate público bem convocado..
    7. À medida em que o comitê cresce, é natural que se criem comissões de trabalho temáticas. Usualmente são as seguintes
      • Comissão de comunicação: encarregada de gerenciar os canais de publicidade do comitê.
      • Comissão de articulação política: encarregada de conectar o comitê a outras frentes e coletivos.
      • Comissão de agitação: encarregada de organizar a agenda e os atos de rua. etc.

Algumas atividades básicas que o comitê pode e deve realizar

    1. Reuniões abertas para discutir a política e as ações de campanha
    2. Campanha de porta em porta nos bairros populares, periferias, favelas e morros.
    3. Colagem de cartazes
    4. Panfletagem em diversos locais, desde praças e locais de grande concentração de pessoas, até locais de estudo, fábricas, bairros etc. Quanto mais diversificado, melhor.
    5. Distribuição de adesivos
    6. Produção de materiais do comitê (faixas para atos, materiais que ajudem a centralizar a atividade de rua, tais como bancas, cartazes informativos etc.)
    7. Murais com foto e texto explicando os principais pontos da campanha e chamando para o comitê, nos locais de atuação desse.
    8. Mobilização de pessoas para os atos públicos, por meio de convocação telefônica, agitação nas redes sociais etc.
    9. Coleta de assinaturas em ações populares.
    10. Produção de um boletim/jornal do comitê. Assim que tiver um mínimo de organização é interessante que o comitê tenha seu próprio órgão de imprensa, mesmo que modesto (uma folha frente e verso, algumas centenas de cópias). Nele, é possível informar nos seus locais de atuação sobre o progresso da luta contra o golpe tanto em âmbito local quanto nacional, polemizar, debater questões de interesse, convocar atos etc.
    11. Organização de ações coletivas. Tendo o comitê alcançado certa influência no seu âmbito de atuação, o que será obtido efetivamente com um órgão de imprensa, ele pode organizar até mesmo paralisações locais, ocupações, bloqueio temporário de ruas, protestos e reivindicações, entre outros.

Financiando a luta

A arrecadação financeira é parte essencial de todo trabalho independente. A atividade pode ser encarada com naturalidade. Damos aqui algumas sugestões:

    1. Produção de materiais contra o golpe para venda (camisetas, canecas, bótons etc).
    2. Arrecadação entre sindicatos e parlamentares.
    3. Caixinha nas atividades públicas (banca na rua, trabalho de porta em porta etc.)
    4. Rifas, “pedágios” etc.

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