O Flamengo testou atletas e funcionários e divulgou os resultados nesta última quarta-feira. São 38 casos confirmados, entre eles 3 jogadores, cujos nomes não foram divulgados. Anteriormente, dois outros atletas já haviam contraído a doença e se recuperaram.
Entre os 38 diagnosticados, também estão 25 familiares ou trabalhadores das casas de atletas e funcionários do clube. Na última segunda-feira, Jorginho, massagista do clube há 40 anos, morreu vitimado pelo coronavírus. O clube divulgou que testou 293 pessoas: todos os jogadores e funcionários, além de familiares e empregados próximos dos jogadores e funcionários.
Estamos falando somente de um clube de futebol. O vírus infectou 5 jogadores e outras 33 pessoas ligadas ao Flamengo. Porém, esse quadro grave não impede o aumento da pressão para o retorno dos campeonatos de futebol no Brasil e no mundo.
Essa pressão é particularmente grande vinda do governo golpista de Bolsonaro. Na semana passada, foi divulgada na imprensa burguesa uma carta enviada pelo Ministério da Saúde à CBF. Nela, o governo conclui que apoia a volta do futebol com um argumento cínico: “Reconhecendo que o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da teletransmissão dos jogos para domicílio, este Ministério da Saúde é favorável ao retorno das atividades do futebol brasileiro, desde que atendidas todas as medidas apresentadas neste parecer.”
O governo fascista de Jair Bolsonaro não se preocupa com a vida da população pobre. Eles querem que todos trabalhem, mesmo que morram. “E daí?” é a reação quando o presidente golpista é questionado a respeito desse assunto. Não há mais condições do povo esperar por nada positivo deste governo. A reação popular deve começar já no sentido de pressionar o governo a tomar medidas efetivas para que a população sobreviva.
O “Fora, Bolsonaro!” é uma questão de sobrevivência. Sempre foi, desde que o PCO levantou pela primeira vez essa palavra de ordem antes do fim das eleições de 2018. Como se não bastasse o governo golpista, a maior parte da esquerda está buscando uma frente ampla com a direita golpista. Direita essa que pariu Bolsonaro. A esquerda também deve ser pressionada pelo povo para romper com a política da direita e lutar com uma política própria contra o caos em que o Brasil se encontra. Tem que ficar claro que apoiar qualquer política da direita, mesmo que oposta à de Bolsonaro, é um crime de genocídio contra o povo.
No final das contas, toda a direita pretende a mesma política de genocídio contra o povo. Alguns usam uma maquiagem, outros não conseguem se deter e expõem todo o desprezo da burguesia pelo povo. Pelo Fora, Bolsonaro e eleições gerais!