Nessa sexta-feira (28), familiares de presos de todo o estado de São Paulo protestaram pelo retorno das visitas, no âmbito do Dia Nacional do Combate à Tortura no Sistema Penitenciário. O protesto é um desdobramento dos diversos outros que ocorreram desde que a pandemia se alastrou por todo o país e serviu como um pretexto para a burguesia aumentar ainda mais a opressão contra a classe trabalhadora.
Os presos, como setor mais explorado e marginalizado da classe operária, moradores dos campos de concentração que são os presídios no país, foram os que mais sofreram com a política genocida de Bolsonaro e dos governadores diante da pandemia, uma vez que a situação da superlotação nos presídios é um ambiente ideal para a propagação do coronavírus.
Diante da pandemia, os golpistas, ao invés de libertarem os presos, para diminuir a aglomeração nos presídios e evitar o contágio, adotaram em todos os locais medidas para isolá-los ainda mais, por exemplo com a suspensão das visitas dos familiares dos detentos.
Como tem denunciado sistematicamente este Diário. Em matéria do último dia 22, fica escancarada a política da direita em números:
“De acordo com o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o número de infectados pelo novo coronavírus em unidades do sistema prisional brasileiro registrou um aumento de 61,7% nos últimos 30 dias, chegando a 24.200 casos e a 165 óbitos. Entre os servidores do sistema prisional e no sistema socioeducativo, o número de contaminados atingiu 3.049 ocorrências até o dia 18 de agosto, um crescimento de 31,5% ao longo do período.”
Para se opor a essa política ultrarreacionária da direita fascista, que vai de Bolsonaro aos governadores “científicos” como João Doria (PSDB), familiares de presos, junto com organizações de esquerda como o Partido da Causa Operária (PCO), têm realizado atos públicos para reivindicar os direitos dos presos, como os ocorridos em Brasília desde o início da pandemia.
Como continuidade dessa luta, que nessa sexta, na capital paulista, famílias se manifestaram para exigir a volta das visitas aos detentos. O ponto central do ato é que entre as reivindicações específicas, os familiares gritaram “Fora Bolsonaro” e “Fora Doria”!
Isso é uma prova de que a população entende que a questão da liberdade e dos direitos democráticos seus e de seus familiares que estão presos, passa necessariamente pelo combate aos fascistas como Doria e Bolsonaro, que atuam para reprimir e destruir todos os direitos e toda a liberdade dos pobres.