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Frente anti-Sanders

EUA: primárias desta terça mantém direita dos democratas à frente

O resultado esperado, os fatores econômicos e políticos e o tom da campanha de Sanders mostram que a crise, expressa na polatização nas eleições dos EUA, continua

Nesta terça (10), os democratas disputaram nas suas eleições primárias, 352 delegados, em 6 estados: Michigan, Dakota do Norte, Idaho, Mississippi, Missouri, Washington.

Após um início incerto das primárias, com a ala direita do partido impulsionando a candidatura de Pete Butggieg, a burguesia se unificou em torno do ex-vice-presidente Joe Biden. Essa manobra ficou expressa na disparada de Biden na Super Terça e na desistência dos demais candidatos democratas: Buttgieg, Amy Klobushar, num primeiro momento, e Michael Bloomberg e Elizabeth Warren mais recentemente.

Com a retirada das candidaturas artificiais da burguesia, a disputa entre as alas esquerda (Sanders) e direita (Biden) do Partido Democrata ficou mais clara. No momento da edição da matéria, Biden tinha 766 delegados e Sanders 618, de 1991 delegados necessários para se tornar vencedor da nomeação. A apuração, com 31% dos votos contados, feita pela Associated Press indicava a vitória de Biden na primária de Michigan, a maior desta rodada. O resultado já era esperado. Neste momento Biden teria 53%, contra 41% de Sanders, tendo o primeiro vencido nos três estados que já concluíram as votações nesta terça. Ainda faltam os resultados de Dakota do Norte, Idaho e Washington, mas o cenário segue como projetado pela imprensa imperialista dos EUA, tendo Biden mantendo a dianteira nas primárias em estados que são tradicionalmente dos republicanos.

A disputa se acirra numa semana de acontecimentos críticos a nível internacional e mundial. Na segunda (9) as bolsas do mundo inteiro despencaram devido à guerra de preços do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita. Nos EUA, o preço do petróleo caiu 25% nos EUA. Na Ásia chegou a cair 30% na abertura do mercado, maior queda desde 1991. A crise se reproduziu também na Europa. Ao mesmo tempo, a epidemia do coronavírus aparece como um agravante da crise econômica, um sintoma da crise falimentar do capitalismo.

Apesar do resultado até aqui, esses fatores, juntos, podem servir como um propulsor da polarização expressa na campanha de Sanders. O senador de esquerda baseia sua campanha no ataque aos grandes monopólios dos EUA e na defesa de mais direitos sociais e trabalhistas dos estadunidenses, incluindo programas sociais e aumento do salário mínimo. Em seu discurso em Flint, Sanders chamou Biden de “centrista neoliberal” e acusou o status quo do partido por ter “falhado com a comunidade negra”.

Assim, nesta terça a ala direita do partido democrata, em sua frente anti-Sanders, conseguiu manter a liderança, não por alguma popularidade da campanha de Biden, mas pela manobra da burguesia em unificar todas as demais candidaturas, incluindo a do bilionário Bloomberg, em apoio a Biden. No entanto, os fatores econômicos e políticos, internacionais e nacionais, e o tom da campanha de Sanders, mostram que a crise no coração do regime capitalista mundial, expressa na polarização nas eleições dos EUA, continua.

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