Com a queda de Weintraub do Ministério da Educação (MEC), os diversos setores golpistas entram defesa dos seus candidatos a encabeçar a pasta da educação. Um dos candidatos cotados é capitão Davi, defendido pela imprensas de Brasília como a Revista Justiça em Foco e a Revista Brasília, o militar da reserva é Presidente da Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar (ABEMIL) e foi apoiador da campanha presidencial de Jair Bolsonaro de 2018.
O foco da campanha do capitão Davi ao ministério seria na disciplina, principalmente dos modelos cívicos-militares do qual Davi é ferrenho defensor. O seu nome estaria como uma proposta de desenvolvimento, da já fracassada pela baixa adesão, campanha por escolas cívico-militares na educação básica. Estando o capitão Davi intimamente ligado a movimentos e eventos da direita imposição desse modelos de escolas.
Na campanha pelas escolas cívico-militares não se discute a total falta de infraestruturas das escolas, que mais parecem depósitos de estudantes, a insuficiência de professores ou ausência de uma estrutura de cátedra favorável ao aprendizados dos discentes, ignora-se toda realidade e oferecem apenas o remédio da disciplina opressora, como panaceia universal. O conteúdo da campanha em si, demonstra não haver qualquer preocupação com o aprendizado e formação dos estudantes e sim a vontade de reprimir a juventude já martirizada em escolas que muita vezes parecem presídios.
Embora a campanha apresentada pelo governo tenha tido até o momento um fracasso de adesões, houve um avanço significativo do fascismo em nossas escolas. E criando-se o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, o governo torna essas escolas uma política oficial do MEC, havendo no programa a propostas de implantação, convenção de 216 escolas no país até o ano de 2023.
Fica claro que a obsessão do governo federal para que sejam impostos com rigidez os dogmas de civismo, patriotismo e disciplina à juventude em nossas escolas, é uma ação do governo golpista de Bolsonaro para cercar e conter a revolta juventude frente aos diversos ataques sofridos. Não se demonstra na campanha haver qualquer ganho pedagógico nas medidas pretendidas, apenas perdas políticas para a juventude, que será ainda mais oprimida.
É necessário a imediata mobilização das juventudes nas ruas pelo Fora Bolsonaro, para conter essa sufocante onda conservadora. É o governo golpista de Bolsonaro o responsável pelo avanço do fascismo no Brasil, estando intimamente ligados a derrubada de Bolsonaro com o retrocesso do fascismo.