Mesmo sendo o setor da economia que mais lucra, até em tempos de pandemia, os banqueiros estão demitindo em massa os trabalhadores bancários.
Os lucros são astronômicos; levantamento realizado pela consultoria Economática constata que o sistema financeiro foi setor que mais lucrou em 2019 e manteve esse ranking no primeiro semestre de 2020.
Os bancos privados que, logo depois do golpe de Estado, passaram a ser os bancos de maior lucro (não poderia ser diferente já que quem comanda a economia são justamente os banqueiros privados, a exemplo do Ministro da Economia, Paulo Guedes, fundador do Banco Patcual). Nesse sentido, o Banco Itaú/Unibanco, que obteve um lucro líquido de R$ 28,4 no ano passado e de R$ 8 bilhões, somente no primeiro semestre de 2020, retomou a sua política de demissões em massa, passando, inclusive, por cima do acordo com as organizações dos trabalhadores de não realizar demissões em tempos de pandemia.
Os bancários, que convivem diariamente com as péssimas condições de trabalho, tendo um grande número de doentes nos setores e do constante assédio sofrido pela categoria, diante da voracidade por lucros dos banqueiros e seus serviçais e, além de sofrerem com a falta de materiais, a falta de funcionários e o aumento considerável de carga de trabalho, onde a cada dia os chefes estão exigindo mais dos trabalhadores, submetendo-os ao regime de chicote para cumprir metas cada vez mais exigentes, mesmo sem as condições mínimas para isso, os banqueiros, setor mais parasitário da economia, vem demitindo em massas os trabalhadores bancários.
A situação dos funcionários do Itaú não é um caso isolado, Bradesco, Santander, Safra e também os bancos públicos os trabalhadores estão sendo chamados a entregar os seus próprios empregos para satisfazer os interesses desses parasitas num momento de crise econômica aguda do capitalismo.
A única maneira de lutar contra a verdadeira expropriação que os capitalistas estão promovendo dos recursos dos trabalhadores, é a mobilização independente de toda a classe operária, contra as demissões e pela conquista da estabilidade do emprego.
É necessário organizar, imediatamente, uma gigantesca mobilização contra a política de demissões na categoria que visa única e exclusivamente encher os bolsos dos banqueiros sanguessugas, verdadeiros parasitas dos trabalhadores e de toda a população