Na mão dos capitalistas, todo castigo para o povo é pouco; isso mesmo na pandemia mais crítica das últimas décadas. Nessa sexta-feira, 2, ao menos 15 cidades do Rio de Janeiro sofreram com quedas no fornecimento de energia desde as 17h.
A falta de energia elétrica atingiu moradores de Cabo Frio, Araruama, Armação dos Búzios, Saquarema e Arraial do Cabo (na Região dos Lagos); Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo, Santa Maria Madalena, Duas Barras e Cordeiro, na Região Serrana, além de Macaé, Casimiro de Abreu e Rio das Ostras. O descaso, porém, atingiu outras cidades. Foi só anoitecer que as cidades de Duque de Caxias e Niterói entraram no grupo prejudicado pelo caos.
Por parte da empresa de energia, a Energisa, a explicação foi dada da seguinte forma: “Energisa reitera que as interrupções de energia que afetaram Nova Friburgo, na noite dessa sexta-feira, 2 de outubro foram ocasionadas por um problema externo ao seu sistema elétrico, situação que afetou também parte da Região Serrana, Norte Fluminense e dos Lagos. A distribuidora esclarece que instabilidades no sistema da supridora de energia que abastece a Energisa deram origem ao problema de falta de energia em Nova Friburgo. A Energisa fez todos os esforços para minimizar os impactos e normalizar a situação o mais rápido possível, buscando priorizar atendimento a clientes emergenciais como hospitais. A equipe da Energisa continua acompanhando a situação, de prontidão 24 horas, junto à Supridora”.
Por sua vez, a Enel também procurou justificar a sua falha. “A Enel Distribuição Rio informa que uma falha no sistema da empresa de transmissão Furnas ocasionou interrupção no fornecimento de energia de clientes em alguns municípios nas Regiões dos Lagos, Serrana e na Região Norte do Estado. A Enel Rio iniciou imediatamente soluções alternativas de manobra e o contato com Furnas para garantir o restabelecimento da energia. Cerca de 90% dos clientes afetados tiveram o serviço normalizado”, afirmou a empresa italiana.
É importante salientar a “eficiência das empresas capitalistas”, uma vez que a qualidade do serviço sempre foi defendida pelos lacaios do capital estrangeiro e pelo séquito de entreguistas nacionais. Justamente no meio da crise sanitária provocada pela pandemia, onde o consumo de eletricidade se torna ainda mais vital, os capitalistas demonstram o que é sabido por todos: A eficiência das empresas capitalistas se dá em um único sentido – na exploração da população e na cobrança abusiva por serviços de péssima qualidade.