Neste domingo, ocorrerão atos por todo o Brasil pelo “Fora Bolsonaro” e pela expulsão dos fascistas das ruas. As manifestações são apoiadas pelo PCO, pelos Comitês de Luta, além de outras organizações de esquerda como os Antifas, setores do PT e outros partidos.
Os atos são de fundamental importância para reavivar o movimento popular, que se encontrava dormente durante o período de isolamento social seletivo apenas para setores da classe média. Este isolamento farsesco foi apresentado pela direita como única solução necessária para a pandemia e foi amplamente apoiado pela esquerda pequeno-burguesa, que o utilizou como desculpa para cessar todas as suas atividades políticas. Deste modo, partidos e sindicatos fecharam suas portas e largaram a classe trabalhadora à sua própria sorte.
A extrema-direita tirou bom proveito dessa paralisia da esquerda e botou suas tropas grotescas nas ruas. Movimentos como os 300 do Brasil começaram a ocupar os espaços que a princípio pertenciam à esquerda e aos movimentos populares. Além disso, o governo não demonstrou nenhuma evolução na sua política de combate à pandemia que interessasse aos trabalhadores. Chegou ao ponto de começar a reabertura da economia em pleno pico das contaminações.
Agora, com a percepção de que os ataques da direita não haviam se interrompido durante o período da pandemia, setores começaram a sair às ruas para se manifestar. Os casos mais notáveis foram o das torcidas organizadas que botaram os fascistas pra correr da Avenida Paulista no começo deste mês e os militantes de esquerda que botaram os 300 do Brasil para correr em Brasília.
De lá para cá, atos vêm sendo realizados pelo país todo fim de semana. As pautas principais são o “Fora Bolsonaro” e a expulsão dos fascistas das ruas. Em São Paulo, tentativas de sabotagem da esquerda pequeno-burguesa demonstraram o acerto da política de sair às ruas contra os fascistas. Boulos e pessoas ligadas a ele fizeram diversos acordos com o governo de direita e o aparato de repressão para apaziguar o movimento e poupar os bolsonaristas de serem expulsos das ruas.
Essas capitulações da esquerda deixaram a direita mais à vontade e possibilitaram que o poder judiciário estabelecesse que as organizações que chamassem atos na Avenida Paulista teriam que pagar uma multa de R$200 mil, além de multas de R$5 mil para dirigentes e líderes de movimento que estivessem envolvidos na convocação dos atos de R$1.000 para cada pessoa que estiver se manifestando na Avenida.
Diante desse cenário, o ato de hoje na capital paulista teve de ter seu local modificado para a Praça Roosevelt. Outros atos estão sendo chamadas em diversas cidades do Brasil, como Rio De Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, entre outros. Informe-se com os comitês de luta e com o PCO em sua cidade para saber mais detalhes.