Os governos estaduais e municipais, em resposta à expansão acelerada da epidemia do coronavírus, têm determinado o fechamento de bares, restaurantes, shoppings e a redução na lotação máxima do transporte coletivo e cortado linhas de trens e ônibus. No Rio de Janeiro, o governador de extrema-direita Witzel (PSC) aproveitou-se da situação e atacou os estudantes, com a determinação do corte do passe livre estudantil. Sete prefeitos da região do grande ABC paulista optaram por suspender temporariamente o transporte municipal. Na capital do RJ, os transportes vão funcionar com 50% da capacidade. Na UFMG, a linha para a universidade foi cortada.
Os cortes de linhas promovidos pela direita nada têm feito para atacar o problema da superlotação do transporte público, um problema crônico em especial nas grandes metrópoles do país.
No Rio, situação particularmente aguda, os transportes têm circulado com a mesma superlotação, onde milhões de pessoas se amontoam dentro dos ônibus, trens e metrôs, comparados com latas de sardinha. Os trabalhadores quando perguntados sobre a situação esclarecem que não têm escolha, uma vez que dependem do transporte público para trabalhar, mesmo que a epidemia esteja em franca expansão.
A superlotação do transporte público é uma política genocida, que tende a fornecer as condições propícias para o contágio de amplas parcelas da população. O Partido da Causa Operária propõe o aumento da frota de ônibus e a criação de novas linhas de transporte como medidas necessárias para impedir a superlotação de trens, ônibus e metrôs. A superlotação dos transportes é um grande perigo para a população.