As eleições ainda não começaram e já é possível acompanhar como o processo de adaptação e oportunismo da esquerda eleitoreira está a pleno vapor. Um dos sinais disso, é não somente a apresentação de um programa e discurso que procura imitar a pauta da extrema direita bolsonarista, mas até mesmo os pré- candidatos lançados em diversos municípios procura atender um perfil conservador.
Um exemplo cabal disso é o lançamento de pré-candidatos policiais por partidos de esquerda, apresentados eufemisticamente como “profissionais da segurança pública”. Assim delegados, Policiais Militares ou civis são apresentados como uma maneira de “disputar” com a extrema direita a suposta demanda “ popular” por “ segurança pública”.
Em Salvador, o governo da Bahia, Rui Costa, lançou uma candidata PM, em contraposição a própria militância do PT. Em Curitiba, um policial evangélico filiou-se ao PT com intuito de sair candidato.
Na verdade, uma das diretrizes da direita do PT é conseguir votos a qualquer custo, então como existe uma avaliação de que a direita conseguiu eleger Bolsonaro, e tem um suposto apelo popular devido ter lançado candidatos policiais ou evangélicos, a nova tônica é não somente se disfarçar de direita, mas ter bancadas afastadas do perfil tradicional de esquerda, lançando conservadores ou até mesmo policiais.