Os moradores do Quilombo conquistaram com muito custo, a regularização de suas terras. No entanto, a perseguição ainda se faz presente. Atualmente estão sendo proibidos pela marinha de terem acesso a água da barragem que fica próxima de suas terras. Os moradores necessitam retirar água desse local, pois não possuem estruturas mínimas para viverem com qualidade. Não possuem estruturas de saneamento básico, iluminação, etc. É dessa barragem que retiram, portanto, a água para sobreviverem e utilizarem em suas plantações.
Quando os militares se fixaram na região, começaram a ameaçar os moradores chegando, até mesmo, agredir fisicamente representante do Quilombo tendo, também, tentado expulsar as famílias do local através de ação judicial. Todo esse conflito fez com que os quilombolas fossem reivindicar formalmente o direito de permanecerem no local.
Após a decisão judicial, sobre o processo de regularização fundiária solicitada, os quilombolas conseguiram 98 hectares de um total de 270 hectares. Já a marinha recebeu 196 hectares, ficando, destinado, a eles o lado que dá acesso a água.
A regularização da área representou uma conquista para os quilombolas e, contraditoriamente, um retrocesso, pois tiveram suas terras limitadas e o acesso a água proibido. Tal situação evidenciou o caráter direitista e criminoso da justiça. Nessa situação, os quilombolas tiveram suas terras reduzidas e o acesso a um bem natural (que é a água) limitado.
A postura da marinha, nessa situação e, da justiça burguesa é criminosa. Não se deve limitar o acesso a um bem natural, muito menos quando muitas famílias necessitam desse bem para sua sobrevivência. Tal situação é criminosa e representa uma atitude direitista.
A situação se manifesta de forma tão arbitrária que no processo solicitado pela marinha de reintegração de posse consta uma multa diária de mil reais por pessoa. Ou seja, proibindo os quilombolas de retirarem a água. E não param por aí. A marinha está construindo um muro para impedir o acesso dos quilombolas ao rio. Os moradores estão sendo proibidos de terem acesso a água e ficam abandonados pelo poder público, já que nem mesmo estruturas de saneamento básico possuem.
Diante disso, e de outras atrocidades promovidas pela direita golpista , é preciso que haja a construção de comitês de lutas e auto defesa! Os quilombolas e demais trabalhadores do campo- que lutam pelo acesso a terra- devem se organizar pela derrubada do governo direitista de Bolsonaro e, junto dele, derrubar todo o aparelho institucional golpista.