A Petrobras anunciou na última quinta-feira, dia 4 de junho, a venda de fatias de cinco empresas de energia elétrica, Brasympe Energia S.A., Energética Suape II, Termoelétrica Potiguar, Companhia Energética Manauara (CEM) e Brentech Energia, com o objetivo de “otimizar o portfólio e melhorar a alocação do capital da companhia”. Na verdade, o significado disso é a privatização das partes que a Petrobras detém sobre as empresas para servir ao capital privado e sua necessidade de exploração de trabalhadores e expropriação das riquezas produzidas por estes, em sua lógica de acumulação crescente. A Petrobras anunciou que detém 20% da Brasympe, 20% da Suape II, 40% da CEM e 30% da Brentech.
Não é surpresa para ninguém que o atual governo que se instalou no Brasil está realizando seu plano neoliberal de venda das estatais, servindo ao imperialismo global, assim como as Universidades públicas, um dos alvos de Paulo Guedes na reunião ministerial divulgada em vídeo pelo STF.
Há, então, um fator com o qual o governo conta: a pandemia de coronavírus. As descargas de notícias, todas catastróficas, com um país que já ultrapassou as 30 mil mortes, voltam as atenções da população para o lado contrário aos atos privatistas do governo, deixando o caminho livre para sua política austera, que destroça a classe trabalhadora, principalmente em tempos de crises sanitária, política e econômica. As empresas estatais de capital aberto são o grande alvo de Paulo Guedes e cia, que não descansarão até conseguirem privatizar todas as empresas públicas, entregá-las de bandeja ao capital estrangeiro e servir aos grandes capitalistas.
É preciso mobilização do povo para impedir a venda das empresas estatais, e isso só é possível através de um movimento organizado contra o governo e toda a estrutura de apropriação de riqueza.