Trabalhadores sem transporte

Crivella deixa população do Rio de Janeiro sem transporte

Moradores do Rio de Janeiro reclamam da falta de ônibus para irem trabalhar

Na cidade do Rio de Janeiro, em plena quarentena necessária para se controlar a crise causada pela pandemia do coronavírus, trabalhadores dos serviços considerados essenciais pelo poder público estão encontrando dificuldades para se deslocar para o trabalho e na volta para casa. É que muitas linhas de ônibus deixaram de circular, ou estão circulando de forma muito reduzida, especialmente as que atendem a zona norte da capital, segundo relato de moradores, que continuam a trabalhar, de acordo com o jornal Extra.

Enquanto parte da população, principalmente das classes médias e altas, consegue se manter confinada, saindo de casa o mínimo possível, outra parte continua a trabalhar regularmente. Esses são os trabalhadores dos supermercados, farmácias, bancos, postos de gasolina etc. Mesmo os serviços de telemarketing e da construção civil estão incluídos nas listas de serviços essenciais de muitos estados. Alguns bares e restaurantes continuam servindo refeições através de serviços de entrega. E, também, os próprios trabalhadores do transporte público e entregadores não pararam suas atividades

Impedidos de permanecerem reclusos em casa, esses profissionais ficam muito mais expostos à contaminação. Como muitas categorias vêm denunciando, seus empregadores nem sempre disponibilizam os materiais necessários para sua proteção, como máscaras, luvas e álcool em gel. A superlotação no transporte público é uma outra grave ameaça para a saúde deles.

No entanto, ao invés de aumentarem a frota em circulação para evitar a aglomeração de pessoas nas paradas e dentro dos ônibus, as linhas de ônibus da capital fluminense reduziram os horários de circulação e, em alguns casos, pararam de circular, dificultando enormemente o deslocamento dos trabalhadores e mesmo das demais pessoas que precisam de sair de casa para fazer alguma compra ou resolver algum problema.

A Zona Oeste parece ser a região mais afetada com a falta do transporte público. Uma usuária relata que não está passando mais o ônibus que ela precisa tomar para ir ao trabalho, a linha 918 (Bonsucesso-Bangu), e, ao ligar para a garagem da empresa foi informada que a suspensão é por tempo indeterminado. Agora ela precisa andar de 15 a 20 minutos para tomar outro ônibus ou pegar vans, que, geralmente, só recebem o pagamento em dinheiro, não aceitando o RioCard. Várias linhas estão encerrando o serviço mais cedo e, após às 22 horas, trabalhadores de supermercados, farmácias e seguranças, não conseguem mais pegar ônibus, como vem acontecendo com o 790 (Campo Grande-Cascadura), 298 (Castelo-Acari) e 908 (Bonsucesso-Guadalupe), entre outras.

Ou seja, enquanto vemos portarias sendo editadas pelo Ministério da Saúde em conjunto com o ministério da Justiça que autorizam o uso da força policial para manter o isolamento de pessoas suspeitas de contágio, tipificando a conduta como crime, trabalhadores são obrigados a continuar trabalhando sem a menor proteção por parte do poder público. Muitos deles correndo o risco de já estarem contaminados pelo vírus. A Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro segue alheia ao problema, como se nada estivesse acontecendo e como se a vida desses trabalhadores não lhes dissesse respeito. A Rio ônibus afirmou, segundo o jornal Extra, que “o poder público não deu suporte ao setor até o momento”. E em nota alerta para o iminente colapso do setor.

Os trabalhadores não podem ficar expostos ao contágio e à morte, como quer a burguesia. É preciso mobilizar as categorias para parar o serviço.

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