O estado de Israel voltou às eleições na última segunda-feira. É a terceira vez dentro de um ano que o estado vai às eleições. Em meio a uma crise política, o atual primeiro-ministro de extrema-direita Benjamin Netanyahu acabou por ficar em segundo lugar nas últimas eleições, porém, como seu maior concorrente, o ex-militar Benny Ganz, não conseguiu formar um governo, mesmo tendo ficado à frente de Netanyahu, tiveram de voltar às eleições.
Netanyahu tenta seu quinto mandato consecutivo e acabou sendo ajudado por Donald Trump com o chamado “acordo do século”, que alimenta a extrema-direita, mas que foi extremamente rechaçado por Palestinos, já que o acordo permite a anexação de territórios da Palestina por Israel e permite que Jerusalém seja considerada a capital do estado israelense.
A crise política na região tem se agravado também por conta de escândalos de corrupção por parte de Netanyahu, que desviou dinheiro para a imprensa burguesa realizar campanhas eleitorais a seu favor, indo a julgamento ainda esse ano.
Outro fator que contribui agora para a crise em Israel é o novo coronavírus, que tem preocupado a população mundial e tem feito cair as bolsas de todo o planeta. As recentes tenções no oriente médio tem também um peso nessa eleição, já que Israel é um dos estados controlados pelo imperialismo com o fim de manter o predomínio na região.
Trata-se, portanto, de uma grande crise política, já que Benjamin Netanyahu é a pessoa escolhida pela burguesia nos últimos 4 mandatos. O imperialismo mundial tenta tratar a situação com a maior cautela possível, pois não deseja perder seu posto de controle militar e econômico na região do Oriente-Médio. É por conta dessa crise também que Netanyahu evolui cada vez mais para a direita, de modo a conquistar os votos da extrema-direita do país.
As eleições acabam por ser importantes também para o Brasil, já que Netanyahu é um dos grandes aliados de Jair Bolsonaro.