Nesta semana, o governo dos Estados Unidos construiu novas bases militares na Síria, na província de Al-Raqqah. Segundo fontes locais, um comboio militar com cerca de 50 caminhões acompanhado de helicópteros chegou ao território sírio neste sábado. Ademais, teriam se locomovido por meio da travessia ilegal da fronteira de Al Waleed, entrando pelo território iraquiano.
A Rússia e a Síria reiteraram sua abjeção à ocupação estadunidense no território siríaco. Exemplificando, citaram como esta invasão tem incentivado o contrabando da extração de hidrocarbonetos no território. Além disso, é a operação militar estadunidense que destrói cidades e mata milhares de pessoas todos os anos.
Esse tipo de ação é histórica por parte do governo dos Estados Unidos. Demonstra uma aplicação clara da política imperialista do país, que utiliza pretextos falaciosos – como a guerra ao terror – para explorar e subverter à sua dominação os países invadidos. Por esse motivo, o governo da Síria tem total direito de expulsar as tropas estadunidenses de seu território. Afinal de contas, possui total soberania sobre seu estado e não deve se submeter às ações criminosas de Trump.
A pandemia da COVID-19 e a política imperialista dos EUA
A crise mundial do coronavírus tem escancarado a verdadeira motivação por parte dos Estados Unidos. Vale citar dois exemplos que têm colocado em cheque todo o moralismo estadunidense:
Em primeiro lugar, em meados do final de março deste ano, o governo genocida de Donald Trump instaurou novas sanções econômicas unilaterais contra a Nicarágua, a Venezuela, a China e outros países, incluindo a própria Síria. Essas sanções têm tido efeito direto na crise de saúde nessas regiões. Além de prejudicar a economia dessas nações de forma extremamente marcante, por meio de bloqueios econômicos e proibições mercantis; têm impossibilitado a chegada de medicamentos, médicos, alimentos, combustíveis, entre outros produtos essenciais para solucionar a crise. Logo, por meio desta política completamente criminosa, os Estados Unidos têm sido responsáveis – diretamente – pela morte de milhares de pessoas. Ao mesmo tempo, órgãos internacionais como a ONU nada fazem para responsabilizar os norte-americanos, que seguem com carta branca para realizar todo e qualquer tipo de atrocidade.
Em segundo lugar, vale citar o exemplo da Venezuela. Não é de agora que o imperialismo estadunidense tem tentado derrubar o governo de Maduro e submeter o povo venezuelano à sua dominação. Todavia, a pandemia da COVID-19 tem sido uma ótima distração para a aplicação de seu plano. Foi denunciado pela população local que mercenários contratados por Trump foram pegos tentando assassinar Maduro. Entretanto, foram logo detidos pelo povo, que se mostrou favorável à expulsão da influência estadunidense na região.
Esses e inúmeros outros exemplos só reforçam a motivação por trás da política internacional estadunidense. É irrefutável que o país tem como única preocupação a perpetuação de sua influência imperialista ao redor do mundo. Que prova melhor para isso do que a própria pandemia? Ao invés de se preocupar em fornecer amparo aos países mais afetados pela crise, se ocupa unicamente em desenvolver e expandir seu itinerário de dominação mundial.
Nesse sentido, precisa ficar claro que as únicas pessoas que podem acabar com a tirania estadunidense são os trabalhadores. Afinal de contas, a burguesia – manifestada pelo governo dos Estados Unidos, pelos empresários que financiam seus planos e pelos organismos internacionais que nada fazem para impedi-los – não tomará ação. Portanto, cabe à classe operária se colocar contra esse tipo de política e derrubar, de uma vez por todas, Donald Trump. Essa é a única saída de fato efetiva para a crise. Qualquer outro tipo de solução partirá da burguesia e colocará os trabalhadores em segundo plano, custando-lhes seus empregos, suas casas e até mesmo as suas vidas.