Mais um líder social assassinado na Colômbia. Nesta segunda-feira, a Fundação Cordobexia anunciou mais uma morte, agora, do líder camponês Jorge Luis Betancourt Ortega, no departamento de Córdoba, no norte da Colômbia, que soma 18 ativistas e ex-combatentes mortos desde que iniciou o ano de 2020.
Jorge Luis Betancourt Ortega, 42 anos,que foi morto à tiros em sua casa na tarde de segunda feira,era coordenador de esportes do Community Actio Board no distrito de San Francisco del Rayo no município de Montelíbano no departamento de Córdoba.
O instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), denuncia que somente em Córdoba existem 270 pessoas, entre líderes comunitários, ativistas sociais e ex-combatentes das FARC ameaçados de morte. A média de assassinatos supera 2 por dia na Colômbia. Os assassinatos ocorrem principalmente nos departamentos de Cauca, Antioquia e Narinõ. Em 2019 250 líderes foram mortos .
Além da denúncia do assassinato a Organização exigiu de Iván Duque a garantia de segurança dos ativistas, apelo irrelevante e pueril ,uma vez que o governo direitista tem relações estreitas com as milícias paramilitares que tomaram conta das províncias do país, inclusive com denúncias de financiamento destas milícias.
Desde que o acordo de paz foi firmado em 2016 e as FARC depuseram suas armas, contabiliza-se mais de 700 mortes de pessoas ligadas à movimentos sociais e integrantes das FARC, mostrando que o acordo foi um grande engano. A ideia de mudança por dentro do regime democrático burguês foi uma ilusão pois a oposição à extrema direita está simplesmente sendo sumariamente eliminada. A eliminação de líderes e ativistas sociais é uma prática difundida nos governos ditos democráticos por todo o mundo. A tática visa desestruturar as organizações e se intensifica à medida que as contradições do regime são expostas assim como a polarização se intensifica.
No Brasil, a ascensão fraudulenta do fascista Bolsonaro também levou a um crescente número de pessoas mortas no campo e na cidade. Os assassinatos são quase que diários, as execuções crescem na mesma medida em que o governo fascista perde seu apoio.
Para enfrentar a escalada de mortes não existe outra alternativa a não ser o enfrentamento direto com os fascistas. O povo desarmado é alvo fácil para as milícias assassinas, sendo fundamental a formação de comitês de autodefesa por todo o país. Apostar nas eleições de 2022 é um engano colossal, fraudaram 2018 e fraudarão 2022.