‘Nesta tarde, deixarei cravos vermelhos na janela e cantarei em voz alta e clara’ Grândola, Vila Morena ‘, de Zeca Afonso, disse Buarque em um vídeo que circula em diferentes plataformas digitais.
A canção tornou-se um símbolo da derrubada da ditadura de António de Oliveira Salazar. No Brasil, a composição foi bem sucedida na voz de Nara Leão.
Em maio, o autor que conquistou O Camões pelo conjunto de sua obra, uma espécie de Prêmio Cervantes em espanhol.
O diploma da distinção é assinado pelos presidentes do Brasil e de Portugal, mas Jair Bolsonaro disse que não assinará o documento ganho por seu compatriota.
Até 31 de dezembro de 2026, ele assinou, disse o governante de extrema direita, cujo mandato termina em dezembro de 2022.
Após o comentário, Buarque usou as redes sociais para ironicamente sobre o discurso do ex-militar nostálgico da ditadura. ‘O fato de não ter assinado Bolsonaro é para mim um segundo Prêmio Camões’, escreveu na ocasião.
Criado em 1988, O Camões a cada ano escolhe um autor de qualquer país de língua portuguesa. A escolha é um reconhecimento do trabalho completo do intelectual e não apenas de um específico.
O último brasileiro escolhido foi Raduan Nassar, autor de Lavoura Arcaica, em 2016. No ano passado, o Camões foi premiado com Germano de Almeida, escritor de Cabo Verde.