Política de terra arrasada

Burguesia cobra e governo diz que reformas irão até 2021

Burguesia cobra as promessas de privatização total e Ministério da Economia diz que 2021 será o ano de venda de tudo

O governo Bolsonaro está sendo pressionado para acelerar a política de privatizações e destruição do Estado brasileiro. A burguesia tem dado apoio ao governo por conta das promessas de privatização total. O atraso na entrega do que o governo prometeu está deixando os capitalistas nervosos.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, em reunião com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – Abrapp, realizada no dia 17/11, afirmou que o ano de 2021 entrará para a história do país como o ano das reformas. E fez comparação com o governo FHC, citado por ele como o governo que mais privatizou, mas lembrou que no primeiro ano isso aconteceu mais lentamente. Foi enfático ao dizer que “Vamos privatizar os Correios, a Eletrobrás, e vamos fazer a concessão do porto de Santos” (UOL, 17/11/20).

Com o resultado das eleições municipais e já preparando as eleições nacionais, a burguesia reforça as ameaças e as cobranças. Quer mais garantia de que irá pilhar os cofres públicos. Por isso o ministro da Economia, Paulo Guedes, já começou a usar de armas de terrorismo sobre a economia nacional. “O Brasil pode ir para uma hiperinflação muito rápido, se não rolar a dívida pública satisfatoriamente.” Afirmou o ministro na semana passada em evento da Controladoria-Geral da União. Disse isso para tentar convencer sua plateia de que a emissão de moeda e mais gastos sociais podem gerar descontrole e crise. (Estadão, 16/11/20)

Nesta semana também foi anunciado, pela Petrobras, a venda de 50% dos direitos sobre uma das áreas mais produtivas em extração de petróleo e gás, o Polo de Marlim, na Bacia de Campos (DCO, 18/11/20), em operação que está sendo conduzida pelo Scotiabank, financeira canadense presente no Brasil desde a década de 1970.

Apesar de ter aparentemente entrado em atrito com o deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) sobre os prazos para a agenda de privatizações, o que estava em jogo não era privatizar ou não, mas o que o presidente da Câmara dos Deputados queria era ter uma fatia maior no protagonismo das entregas ao capital financeiro. Acertado isso, com o deputado mais envolvido na privatização e sendo mais ouvido pelo Poder Executivo, as privatizações voltarão a se acelerar em 2021. E ninguém estranhe se isso for feito em rolo compressor com a participação de parte importante da esquerda institucional.

No Congresso Nacional, a Auditoria Cidadã da Dívida tem denunciado que “o conjunto de projetos de lei PL 3.877/2020, PL 9.248/2017, PLP 19/2019 e PLP 112/2019 tratam da transferência de dinheiro do orçamento público SEM LIMITE para bancos, como temos explicado nos capítulos da novela Assalto aos Cofres Públicos”. (ACD, 16/11/20) E isso tem sido feito inclusive com a participação ativa de senadores de oposição.

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