O presidente golpista e fascista Jair Bolsonaro promoveu uma reformulação no quadro de cargos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e criou uma nova unidade no órgão, batizada de Centro de Inteligência Nacional (CIN), o novo SNI (Serviço Nacional de Inteligência) do século XXI é uma cópia ornamentada do SNI da ditadura militar brasileira de 1964 a 1985, onde o SNI se infiltrou por 249 ministérios e órgãos de governos, incluindo autarquias, e instituições estaduais e municipais. O ato foi promulgado em decreto publicado na última sexta feira sexta-feira passada e entra em vigor a partir de 17 de agosto.
Como nas décadas militares, entre as atribuições do CIN, estão que deverá planejar e executar atividades de inteligência destinadas “ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade” e implementar a “produção de inteligência corrente e a coleta estruturada de dados”.
O primeiro item, que fala dos enfrentamentos às ameaças ao Estado, leia-se perseguição aos que se levantam contra o Estado fascista, a esquerda democrática, a esquerda combativa e a esquerda revolucionária, mas a esquerda que busca suas alianças com a direita, não estará livre dessas perseguições, pelo contrário, por ser o elo mais fraco da esquerda pode ser uma das primeiras a sofrer os resultados dessa perseguição.
Na segunda citação sobre as atribuições do CNI sobre a produção de inteligência corrente e a coleta estruturada de dados, será apenas o aprofundamento do que já vem ocorrendo com a entrega de informações pelas grandes redes sociais de informações, como Facebook, Instagran, Whatshap entre outros da população em geral, principalmente dos que se levantam contra os regimes de opressão. Exemplo disto, já acompanhamos desde 2018, quando lei americana permitiu que o governo americano tenha acesso aos dados de qualquer pessoa, independentemente de sua nacionalidade. Basta essas informações estarem guardadas por empresas americanas de comunicação, como Facebook, Google e Microsoft, que a legislação permite abrir o sigilo de servidores de empresas americanas hospedados fora dos EUA, como é o caso do Brasil, do lambe botas de Trump, Jair Bolsonaro.
Ou ainda o caso recente onde o próprio governo brasileiro anunciou posse de dados de milhares de pessoas que se declaravam antifascistas.
Assim como o SNI tinha relações interligadas aos demais órgãos de repressão do Estado, como as polícias militares e civil, o Centro de Inteligência Nacional também planejará e executará atividades em aliança aos demais órgãos relacionados a políticas de repressão do Estado, só que desta vez, com métodos mais parecidos aos construídos na famosa obra de George Orwell, onde a ditadura terá como vigilância o Grande Irmão das grandes empresas de comunicação, nas redes sociais.