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É preciso derrubá-lo

Bolsonaro é o caos: Bolsa despenca, “centrão” veta e coronavirus dobra

Bovespa perde em uma semana ganhos de mais um ano. "Centrão" enfrenta governo e derruba veto presidencial. Aumenta a crise em torno do ato do dia 15 e do governo,

Por Antônio Carlos Silva

Nessa quarta (11/3), a Organização Mundial de Saúde (OMS), reconheceu oficialmente que a crise mundial em torno do coronavírus, que já atinge mais de 101 países – incluindo todos os países da Europa, fechou fronteiras internacionais em diversos países – e já matou mais de 4 mil pessoas, é uma pandemia.

O coranavírus impulsiona a gigantesca tendência de crise capitalista em todo o mundo, que governos e imprensa capitalista procuraram esconder, alimentando a fantasia de que o mundo encaminhava-se para uma superação da crise por conta de iniciativas ultra limitadas, como no caso do recente acordo parcial entre EUA e China, que segundo a propaganda imperialista teria aberto o caminho para um novo período de prosperidade. Isso quando estamos diante de uma crise histórica do capitalismo, de superprodução, resultado da concentração cada vez maior de recursos nas mão de um punhado de monopólios, enquanto bilhões de seres humanos não tem nenhuma capacidade de consumir nem mesmo os produtos mais elementares e necessários à subsistência humana.

O coronavírus não é a causa fundamental da crise, mas um estimulador da mesma. Uma situação semelhante a um doente acometido por uma doença de enorme gravidade que em luta para sobreviver fosse acometido por uma pneumonia. Por isso as Bolsas despencam em todo o mundo e as economias mais fragilizadas, como não poderiam deixar se der, se vêm mais ameaçados, mas toda a economia capitalista se vê ameaçada, como mostra as perdas que se aproximam dos U$ 10 trilhões nas Bolsas de Valores de todo o mundo, em poucos dias, a brutal queda nos preços do petróleo, refletindo a tendência de crise geral e a crise política de todos os regimes políticos pelo mundo afora.

O caso do Brasil é exemplar. O governo ilegítimo de Bolsonaro, que toda a burguesia – e também setores da esquerda – vinham fazendo questão de apresentar como um governo forte, legítimo e que não pode ser derrubado, intensifica sua crise evidenciando sua capacidade de oferecer qualquer resposta real diante do aprofundamento da crise, sendo ele mesmo um fator de intensificação da crise.

A Bolsa do País despenca, com perdas superiores a R$ 500 bilhões (cerca de 25% em duas semanas), dispara a fuga de capitais estrangeiros (em dois meses já se aproxima do total do ano passado) e as falsas expectativas de crescimento são seguidamente rebaixadas (na verdade caminhamos para uma recessão).

Essa situação impulsiona recordes de desemprego e subemprego, crescimento da fome e miséria, uma enorme intensificação da repressão contra os explorados e suas organizações. O que alimenta a enorme e crescente revolta popular contra do governo, como se viu no carnaval, marcado em todo País pelas manifestações pelo “Fora Bolsonaro” e suas variantes.

Neste momento, a iniciativa da extrema direita de impulsionar a convocação de um ato em apoio ao governo se vê confrontada com a divisão no interior da própria direita e particularmente do “centrão”que controla o Congresso Nacional, um dos alvos dos protestos, que ontem derrubou vetos do governo, em um claro enfrentamento. Uma situação que mostra o aumento da divisão interna nas próprias fileiras do golpistas.

Tudo isso, se vê impulsionado também pela ameaça de que o coronavírus se torne uma epidemia no País, com o crescimento de quase 50% do número de casos confirmados em apenas 24 horas como se viu nesta terça (dia 11), alimentando a desconfiança de que os números divulgados pelo governo não tenham a menor credibilidade e a certeza, de que o País não tem a menor condição de enfrentar  a epidemia da doença, assim como não combate e faz alastrar, outras epidemias que vem matando milhares a cada ano em todo País, como a dengue, febre amarela, sarampo etc.

As manifestações do último dia 8 de Março, evidenciaram as claras tendências à intensificação da mobilização e enfrentamento contra o governo, nas mesma proporção que cresce a consciência de parcelas do ativismo dos trabalhadores, da juventude e demais setores explorados de que é preciso colocar abaixo o governo, mobilizar pelo Fora Bolsonaro. Uma perspectiva que se opõe à orientação geral da imensa maioria das direções da esquerda e das organizações do movimento operário de capitular diante do regime golpista, de acompanhar o “centrão” (com quem setores da esquerda, como o PCdoB e da direita do PT, defendem a formação de uma “frente ampla”) e apenas pressionar o governo e procurar “controlá-lo”, “colocá-lo na linha” etc. e, quando muito, realizar apenas protestos parciais contra as medidas do governo, contra seus crimes etc.

Nos próximos dias 14 e 18 (principalmente), estão sendo convocadas mobilizações da CUT, Frente Brasil Popular e inúmeras outras organizações em todo País.

Para muitos setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, trata-se apenas se realizar protestos genéricos contra o governo, com um claro intuito de exploração eleitoral, e sem que se coloque como objetivo dar à mobilização o cárter de continuidade da mobilização que se levanta pelo Fora Bolsonaro, confrontar o ato convocado pela direita golpista, no dia 15 etc.

Essa política capituladora e de derrotas, precisa ser e pode ser superada – imediatamente – para o que é preciso impulsionar uma perspectiva independente dos explorados, visando unificar a mobilização nas ruas pela derrubado do governo golpista, que tenho como eixo o “fora Bolsonaro e todos os golpistas”.

Nesses atos, e em torno da construção dos Comitês de Luta e das suas atividades, é preciso agrupar o setor classista, as alas cada vez maiores de ativista que querem impulsionar a luta por uma política independente dos golpistas e fazer avançar essa mobilização.

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