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"Chegando a hora"?

Bolsonaro e direita ameaçam. A resposta é a mobilização nas ruas

No momento em que o Brasil se aproxima de 50 mil mortos, presidente ilegítimo refuta ataques de outras alas golpistas a seus apoiadores, com claras ameaças de golpe

Nesta quarta, dia 17, após uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que atingiram seus apoiadores como chefes do grupo “300 do Brasil” (Sara Winter e outros) e parlamentares de extrema direita, o presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro (sem partido) se pronunciou com veladas ameaças, declarando

Eu não vou ser o primeiro a chutar o pau da barraca. Eles estão abusando. Isso está [a] olhos vistos. O ocorrido no dia de ontem, no dia de hoje, quebrando sigilo de parlamentares, não tem história nenhuma visto numa democracia por mais frágil que ela seja. Então, está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar

E acrescentou, ao se dirigir a apoiadores

Está chegando a hora de nós acertamos o Brasil no rumo da prosperidade. E todos, sem exceção, entenderem o que é democracia. Democracia não é o que eu quero, o que você, o que outro poder quer, o que outro poder quer. Está chegando a hora, fique tranquila

Longe de ser “um raio em céu azul”, as declarações estrambólicas e sem muito nexo linguístico do presidente repetem o sentido das declarações, cada vez mais frequentes do próprio presidente e dos seus ministros e aliados militares que, insistentemente, se pronunciam no sentido de ameaçar com um golpe de Estado, o mesmo golpe defendido pelos seus apoiadores em atos públicos que foram murchados pela mobilização da esquerda e organizações populares, como as torcidas de futebol nas ruas de todo o País.

Foi o caso recente, por exemplo, do Ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos que buscando disfarçar sobre a operação golpista do governo declarou

O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda

O golpistas no governo usam como pretexto atual para as ameaças e pregação golpista, os ataques sofridos da parte da outra ala golpista que, com presença forte nas instituições do regime golpista, como o STF, Congresso Nacional e a Polícia Federal, continuam buscando impor limites à ação dos bolsonaristas e militares. Esta ala que liderou o golpe de Estado, derrubando a presidenta Dilma Rousseff, sem nenhum crime, empossou um político do “centrão”, Michel Temer na presidência; comandou a operação de condenação e prisão fraudulentas do ex-presidente Lula e impôs sua política de ataque aos trabalhadores (“reformas”), teve que “aceitar” como sua alternativa a eleição de Bolsonaro. Desde sua posse, vem tentando – sem êxito – controlar o fascista, só chegando a acordos parciais no que diz respeito a roubar os trabalhadores (como na “reforma” da Previdência) e favorecer os tubarões capitalistas (como no socorro trilionário aos bancos).
Agora atacam os “excessos” da direita, para impor limites à polarização que pode Lear à derrubada de Bolsonaro por meio da mobilização popular.
As das alas disputam , de fato, quem vai seguir a ditadura – que já está imposta e que pode se aprofundar – contra o povo, diante do agravamento da crise e diante das tendências do povo a se rebelar.
Para os trabalhadores e suas organizações de luta e para os que se reivindicam da defesa dos direitos democráticos da população, não se trata – de forma alguma – de apoiar uma ala contra outra, mas de impulsionar a mobilização que possa colocar abaixo o conjunto do edifico golpista que eles edificaram.
Eles se atritam, se ameaçam… mas estão dispostos a chegarem a um acordo contra o povo e a esquerda, como fizeram para “eleger” Bolsonaro.
A alternativa dos explorados não é buscar uma frente ampla com uma das alas golpistas, mas construir uma alternativa
própria.
Fazer avançar no terreno concreto a unidade na luta da esquerda e dos setores que querem colocar abaixo Bolsonaro e todos os golpistas.
O terreno decisivo para essa luta e para cimentar essa unidade é, mais uma vez, como foi durante o golpe de Estado, o das ruas. Único local em que é possível “esticar a corda” em favor do povo, como nos ensina  charge do companheiro Jota Camelo, que aqui reproduzimos, também como parte da luta contra a censura, que quer calar o direito dos chargistas e do povo se manifestarem livremente.

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