Nesta quarta (14), o governo golpista de Bolsonaro anunciou a contratação de até 7 mil militares da reserva para o atendimento nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O anúncio foi feito pelo secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho (PSDB-RN).
Os golpistas dizem que a medida significa “reduzir o número de pedidos em atraso” – uma vez que os militares seriam mão de obra excedente (e de “fácil contratação”) ao contingente regular do INSS – e “economizar recursos”, uma vez que os processos em atraso a partir de determinado período geram correção monetária e aumentam as despesas do governo com a concessão dos benefícios.
No entanto, por trás do discurso, na prática o governo contratará profissionais da guerra para trabalharem no INSS, órgãos principal da concessão de benefícios previdenciários ao povo brasileiro. O governo golpista contratará profissionais que só entendem de repressão, assassinatos, crimes em geral contra o povo, pessoas que não possuem qualquer formação ou aptidão para trabalharem no atendimento de outras pessoas, para assistir a população que reivindica seu direito à previdência social que os golpistas acabaram de destruir com a reforma da previdência.
Ao colocar esses verdadeiros brucutus, para atender a população que reivindica seus direitos, o governo não visa agilizar os processos em atraso, mas sim intimidar a população e dificultar a concessão dos benefícios os quais ela tem direito.
Prova disso é que o governo não se preocupa em contratar pessoas capacitadas para trabalharem no INSS através de concurso há anos. Os concursos para investidura no instituto estão prejudicados profundamente pelo congelamento causado pela PEC da morte, que congelou inúmeros investimentos públicos, entre eles a contratação de servidores.
A pretensão dos golpistas é um verdadeiro golpe militar na previdência social já debilitada pelo roubo aprovado na reforma da previdência. É um ataque a toda a população e ao INSS, uma ameaça aos trabalhadores que já enfrentam inúmeras para alcançarem seus direitos. A esquerda e a população devem repudiar essa medida do governo e em oposição a ela defender o fortalecimento dos serviços públicos e dos órgãos estatais que prestam estes serviços, tal como o INSS, o aumento do controle social sobre estes eles e a saída imediata de Bolsonaro e todos os golpistas.