Da redação – O presidente fascista, Jair Bolsonaro (sem partido), desistiu de nomear seu amigo, o delegado federal Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal (PF). Publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na tarde desta quarta-feira (29), a decisão do presidente golpista foi tomada horas após o ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a nomeação de Ramagem à PF.
Moraes mencionou a investigação sobre suposta tentativa de interferência de Bolsonaro em investigações da PF, levantada pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, justificando que a nomeação de Ramagem pode ser “incompatível com a ordem constitucional”.
“A finalidade da revisão judicial é impedir atos incompatíveis com a ordem constitucional, inclusive no tocante às nomeações para cargos públicos, que devem observância não somente ao princípio da legalidade, mas também aos princípios da impessoalidade, da moralidade e do interesse público”, alegou Moraes.
O decreto de Bolsonaro, ainda vai mais além, proibindo a exoneração de Ramagem da direção-geral da ABIN, mantendo o “amiguinho” da família no ex-cargo.
O passado desta ligação entre os citados, não é longinqua, pois Ramagem se aproximou da família miliciana durante as eleições de 2018. Mostrando agora como é grande a demagogia de Bolsoanro, que atacou o PT por supostas indicações de familiares, o delegado já vinha de cargo pessoal, como chefe de segurança da campanha do então presidenciável, após o episódio da facada, em setembro daquele ano, se transformando em amigo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), com quem passou o réveillon de 2019, e sendo indicado para a chefia da PF.
É a “nova” política com tudo de mais velho e podre do Estado Burguês decadênte. Tal como os militares que deram o Golpe Militar de 1964 fizeram, colocam amigos, aprentes, em cargos públicos, rasgando a Constiuição em meio ao golpe atual.