Por Ronald Suárez Rivas, no Granma
Enquanto a colaboração médica cubana se estende pelo mundo todo, com o fim de ajudar a combater a Covid-19, o bloqueio demente que os EUA impõem ao nosso país acaba de cortar o acesso da Ilha a dois dos seus fornecedores habituais de respiradores artificiais, um equipamento chave no atendimento dos casos mais graves desta doença.
Em outro aperto do nó desta política genocida e desumana, os fabricantes IMT Medical AG e Acutronic, anunciaram o fim dos vínculos com Cuba, depois que fossem adquiridos pela empresa estadunidense Vyaire Medical Inc..
«Infelizmente, a diretriz corporativa que temos hoje em dia é suspender todo relacionamento comercial com a MediCuba», arguiram ambas as entidades, segundo deu a conhecer o diretor-geral para a América Latina e o Caribe, do ministério das Relações Exteriores (Minrex), Eugenio Martínez Enríquez, em sua conta no Twitter.
O diplomata cubano denunciou, também, que a nação caribenha não pode comprar medicamentos a empresas dos Estados Unidos porque o bloqueio o impede, segundo confirmou, recentemente, o vice-presidente da MediCuba, Lázaro Silva, entidade responsável por importar remédios, equipamentos e insumos médicos.
A nova medida, impulsionada pela administração de Donald Trump, produz-se poucas horas depois que o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fizesse um apelo para «pôr a política em quarentena», porque «temos milhares de vidas em jogo», aludindo ao perigo que representa o novo coronavírus.
Contudo, para a Casa Branca, é apenas mais uma prova do seu desprezo pela vida e seu ódio doentio ao povo cubano.
Há poucos dias, por exemplo, o Governo da Ilha denunciou que uma doação de insumos médicos para combater a Covid-19, vinda da fundação chinesa Alibaba, não tinha conseguido chegar ao país, porque a empresa estadunidense contratada para transportá-la, recusou-se no último momento, sob o pretexto de que o impediam as regulamentações do bloqueio.
No último ano, Cuba perdeu US$ 160 milhões por causa das sanções estadunidenses no âmbito da saúde, tendo que comprar em lugares remotos, com fretes mais onerosos.