O autoproclamado príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, disse nesta terça-feira (16) em uma conferência que não existe racismo no país e que algumas pessoas estariam “procurando criar esse problema aqui”.
Trineto de Dom Pedro 2º, o racista, como todos os reis da nossa história, justificou seu ponto de vista invocando a ideia de democracia racial, que por conta da miscigenação, as pessoas teriam direitos iguais.
Por incrível que pareça, o homem que parou no tempo do Império, defende a política identiterista, da esquerda pequeno burguesa e da burguesia: existe igualdade na democracia burguesa. Porém, se existe tal igualdade, por que há necessidade de ficar falando disso? Ou de Hollywood retratar isso em filmes, os bancos fazerem demagogia com negros em suas propagandas? Isso acontece, na verdade, por que não existe igualdade e a explosão social doa negros em todo mundo co provam isso. Os assassinatos pela Polícia todo dia nos demonstram números de um racismo sem controle.
E não feliz em atacar os negros, o racista vai além, culpando os indígenas por questões absurdas:
“O jeitinho brasileiro vem do índio. Nós temos outras qualidades dos índios, como a nossa sacrossanta mania de tomar banho todo dia. E esse calor humano que nós temos vem exatamente da raça negra. Nós formamos com isso um povo fabuloso. Nós fomos somando as qualidades dos vários povos e nós temos um povo que é pacífico e heroico ao mesmo tempo”, disse.
De fato, a burguesia tem que tomar banho todo dia, já que suas mãos estão sujas de sangue do povo pobre, negro e indígena. A sujeira da podridão capitalista não consegue mais se esconder nem nos discursos de ódio contra os oprimidos.