Mais trabalhadores expostos

Aumenta a contaminação de metroviários no Distrito Federal

A entidade representativa pede urgência na disponibilização de testes para a categoria que é só mais uma das quais não puderam seguir a cartilha do “fique em casa”

O Sindicato dos Metroviários do DF (Sindmetrô-DF) informou que nesta última semana ao menos 28 servidores da Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF) foram diagnosticados com o novo coronavírus. Sendo que 11 desses casos foram confirmados.

A entidade representativa pede urgência na disponibilização de testes para a categoria que é uma das quais não puderam seguir a cartilha do “fique em casa”, pregada com euforia pelos oportunistas da pequena-burguesia.

O sindicato aconselha que o Governo do Distrito Federal, comandado por Ibaneis Rocha (MDB) passe a aplicar testagem em massa nos trabalhadores, cujos entram em contato com centenas de pessoas todos os dias. “É uma preocupação que temos com eles e com os familiares. Muitos moram com pais doentes, pais idosos e podem levar a doença para dentro de casa e não queremos que isso aconteça”, disse a diretora de comunicação e mobilização do Sindmetrô, Renata Campos.

A diretora conta ainda que houve casos em que trabalhadores, mesmo apresentando sintomas da covid-19, foram obrigados a continuar nas suas funções sem sequer poderem aguardar o resultado de seus exames em casa. “Nos preocupamos com um contágio em massa. Já existe a falta de funcionários, que é algo antigo. Ainda tem os usuários. Quem pega, não sabe de onde veio. Precisamos da testagem para prevenir”, desabafa.

A categoria alega ainda que sequer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) foram entregues no tempo previsto. “Primeiro foi o álcool em gel. Foi pedido, mas demorou para chegar. Depois as máscaras, a mesma coisa. E ter que ir trabalhar assim abala psicologicamente os metroviários. O retorno que a gente tem da empresa é que estão tentando os testes com a Secretaria de Saúde, mas não estão conseguindo. Quem descobriu estar com a doença precisou ir atrás do teste”, conta.

A resposta do Metrô-DF veio por meio de uma nota onde informa que a companhia teria inclusive se adiantada à declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dia 11 de março e que desde então passou a tomar uma série de providências para teoricamente garantir a segurança dos usuários e dos trabalhadores. Mencionou o tele-trabalho no setor administrativo e o afastamento daqueles servidores da chamada Operação e Pronto Restabelecimento da Manutenção que se encontravam no grupo de risco.

O Metrô-DF alega que presta serviço de orientação médica e psicossocial exclusiva para a pandemia, que distribuiu álcool em gel e líquido 70% para todos os trabalhadores; e distribuiu máscaras para os empregados da operação e da área administrativa para serem entregues quando estes voltarem à rotina normal.

A limpeza das estações, trens e do Complexo Administrativo Operacional (CAO) teria passado a ser mais rigorosa com o reforço da higienização nas superfícies metálicas e nas bilheterias das estações de meia em meia hora.

O Metrô-DF disse que 100 empregados do setor operacional teriam sido testados e todos tiveram os resultados negativos, porém confirmou que a frequência decorre de acordo com a disponibilidade dos testes.

Já a Secretaria de Saúde do DF alegou possuir dez pontos de testagem para o coronavírus no formato drive-thru, que funciona similar a um pedágio. Para tanto é necessário que o condutor ou proprietário do veículo faça um cadastro no site testa.df.gov.br. A pasta teria intensificado a testagem nas 79 unidades básicas de saúde (UBS) habilitadas e que funcionam de segunda a sexta-feira.

“A SES frisa que os testes são indicados para pessoas com sintomas da covid e que a indicação é que sejam feitos a partir do sétimo dia. A retestagem deve ser realizada em pessoas sintomáticas, para atendimento dos melhores critérios e padrões de biossegurança”, finaliza a nota oficial.

Como fica visível, o caso dos metroviários do Distrito Federal é apenas um exemplo de categoria de trabalhadores que não puderam ficar em casa como prega a cartilha da esquerda pequeno-burguesa, que em sua ampla maioria é entusiasta da frente ampla com os golpistas. Os mesmos elementos que agora deixam os trabalhadores expostos a toda sorte e que aplicam sem piedade a agenda neoliberal que extermina os direitos da classe operária.

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