Ao longo do último mês, o Diário Causa Operária vem levando adiante uma importante campanha em repúdio a um ataque hacker sofrido por este jornal, realizado por grupos fascistas com a intenção de destruir o sítio online.
Em diversos momentos dessa campanha, foi enfatizado o fato de que isso não era simplesmente um ataque isolado de um grupo de pessoas que tem alguma espécie de problema pessoal ou específico com este diário, mas sim uma ameaça que atinge toda a esquerda de conjunto. Prova disso são as diversas declarações de apoio recebidas pelo DCO, vindas de diferentes setores da esquerda. Entre as pessoas que enviaram vídeos ou textos de apoio estão o dirigente do PSTU, José Maria; o ex-presidente Lula; a ex-presidenta Dilma e o coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, entre tantos outros.
Agora, é possível observar em diversos locais uma ofensiva geral da extrema-direita e da direita contra a presença de veículos de esquerda na internet. Na última quinta-feira (20), o sítio da Ponte Jornalismo saiu do ar, depois de receber diversos ataques cibernéticos por três semanas, que causaram instabilidade no sistema. Não se sabe ao certo a origem destes ataques, no entanto é claramente uma iniciativa da extrema-direita, que procurava calar o jornalismo da página, de caráter progressista.
Outra sabotagem ainda mais ousada foi a realizada contra o jornal A Nova Democracia. Um elemento disfarçado de técnico entrou no local e pediu para verificar os cabos de ligação de internet, sob o falso pretexto de verificar a possibilidade de instalação de um novo servidor. Ao fazê-lo, cortou com alicate todos os cabos que ali estavam, derrubando a conexão da sede do jornal maoísta.
Ambos os ataques citados foram realizados de forma sorrateira e se escondem por trás da covardia do anonimato. No entanto, é tão grave quanto o que ocorreu no Youtube, onde três canais da emissora estatal venezuelana VTV e os canais da TV Cubavisión Internacional e do noticiário Mesa Redonda de Cuba, transmitidos diretamente da ilha caribenha, foram excluídos pela empresa norte-americana. A alegação é a de que os canais violaram regras da plataforma, o que não explica nada de fato. No entanto, está claro que se trata de mais uma ofensiva contra a presença de canais de esquerda e democráticos nas redes.
Todos estes ataques devem ser amplamente denunciados e combatidos por todas as pessoas e organizações que se dizem de esquerda e que defendem a luta popular contra o imperialismo e a opressão. Como foi dito anteriormente, o ataque ao DCO foi apenas um primeiro de uma série de ataques contra a imprensa progressista e de esquerda, é preciso que todos os setores se unam contra mais essa ofensiva do fascismo.