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Imperialismo em crise

Agente de Trump, Luis Almagro faz campanha contra médicos cubanos

Cuba é atacada porque seus médicos, atuando pelo mundo, revelam a ineficácia dos EUA e de sua saúde ditada pelo mercado

Luis Almagro, atual secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), segue atacando Cuba, o que sempre foi a tônica da organização que chefia. A OEA, uma espécie de ministério das colônias, tem sido uma fachada de “legalidade” para os interesses do imperialismo norte-americano, tendo em Luis Almagro um agente sempre disposto.

Apenas lembrando, a OEA sempre foi uma máquina de propaganda imperialista. Apesar de nos últimos anos falar qualquer coisa contra Cuba e a Venezuela, sempre teve dificuldades – não por acaso – em reconhecer o golpe de estado contra Hugo Chavez em 2002, o de 2008 na Bolívia – quando quatro governadores se insurgiram contra o presidente Evo Morales – a deposição do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, em 2009, o impeachment sumário de Fernando Lugo no Paraguai em 2012 e o golpe ilegal que derrubou a presidenta legítima do Brasil, Dilma Rousseff, em 2016.

E isso é apenas o passado mais recente. A história vergonhosa da OEA é mais antiga. Se lembrarmos que em 1954 a Guatemala foi invadida por tropas mercenárias organizadas pela CIA, que derrubaram o governo de Jacobo Arbenz, cuja invasão havia sido “legalizada” via manobras prévias da OEA, criando a chamada intervenção coletiva regional, o que violava sua própria Carta de fundação e a da Organização das Nações Unidas (ONU).

Especialmente em relação à Cuba, houve o apoio à invasão da Baía dos Porcos, em 1961, e as ações implementadas para isolar esse país, que terminaram com a expulsão da ilha da organização em 1962.

Em 1973 a OEA se calou diante do golpe de estado no Chile de Salvador Allende e da pilha de mortos da Operação Condor, que alcançou milhares de pessoas nos países que viviam sob ditaduras militares pró-EUA na América do Sul, incluindo o Brasil.

Quando em 1982 ocorreu a intervenção britânica na Guerra das Malvinas, os EUA não poderiam apoiar o Reino Unido, pois, como membro da OEA, deveria se solidarizar com a Argentina, mas acabou impondo sanções a esse país. A OEA, nesse caso, apenas fez um protesto para “inglês ver”, pedindo o fim da guerra.

Em 1983, quando os EUA mandaram seus fuzileiros navais para ajudar no golpe de Estado que matou Maurice Bishop em Granada, houve aval da OEA, alegando “ação preventiva” e contrariando o princípio da não-intervenção que está na sua fundação.

Se a ONU quase sempre avalizou as ações ilegais do imperialismo norte-americano pelo mundo, a OEA sempre fez isso no quintal dos EUA, a América Latina.

Hoje, no meio da maior crise global da história. Quando o país mais importante do capitalismo mundial se mostra ridiculamente incapaz de combater a Covid-19. Torna-se urgente atacar um dos poucos países que tem um sistema de saúde modelo no mundo e que consegue mandar médicos há décadas para todos os cantos mundo – inclusive agora para a também rica Itália, a fim de tratar as vítimas da pandemia. Enquanto isso, o governo Trump não testa a população de seu país para o coronavírus como pode e deve, e fica agindo como pirata, desviando respiradores e outros insumos da China para os EUA.

Para esse ataque foi designado o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que se prestou a aparecer na internet (pelo Facebook e Youtube) no dia 07/05 de noite (horário de Brasília), no canal “Cubanos por el mundo” apresentado pelo influenciador Alex Otaola.

Segundo o agente do imperialismo Almagro, “eles continuaram a aplicar uma fórmula que não funciona a um custo muito alto para o povo. É definitivamente uma revolução absolutamente parasitária”. Ele ataca o socialismo, mas é justamente o capitalismo que se mostra incapaz de lidar com essa crise sanitária. Cuba, apesar do bloqueio econômico criminoso dos EUA, consegue tratar melhor de seu povo justamente porque já fazia isso antes da pandemia, o que mostra o sucesso de saúde pública com parâmetros socialistas, e não aquela dominada pelo mercado, como é nos EUA.

“A soberania está no povo e o povo de Cuba hoje não pode se expressar, não pode ser consultado e não é representado pela tirania”, acrescentou Almagro. Aqui temos mais uma ataque contra a suposta “ditadura cubana”, e vindo de uma capacho do imperialismo dos EUA, o país que é governado há mais de 200 anos por apenas dois partidos de direita, e cujo sistema eleitoral exclui qualquer oposição real.

“Os trabalhadores da saúde, dentro ou fora de Cuba, merecem outras condições de trabalho”, disse o secretário da OEA. Curioso como os EUA e seu serviçal Almagro falam das condições de trabalho dos médicos cubanos pelo mundo, quando todos os países da América, com exceção de Cuba e Venezuela, não conseguem garantir equipamentos de proteção para os profissionais da saúde e nem mesmo os testes necessários para a população.

Os Estados Unidos da América, que nas últimas sete semanas teve mais de 30 milhões de novos desempregados sem direito à saúde, já que lá, no reino da “liberdade”, saúde é mercadoria, deverá lidar em breve com uma grande convulsão social que expressa o absurdo que é adoecer e morrer sem recursos mínimos no país mais rico do mundo. Por isso é tão vital para esses genocidas de Washington denegrirem a imagem de Cuba.

 

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