No dia 17 de março de 1861, foi proclamado o Reino da Itália.
A península da Itália esteve, durante séculos, dividida em cidades-Estado que permaneciam em conflito entre si. Nos escritos de Nicolau Maquiavel, publicados no século XV, há uma série de referências sobre a necessidade de unificação das cidades-Estado italiana em um único Estado, que interrompesse as guerras locais e evitasse frequentes invasões estrangeiras dos Estados rivais, como França, Espanha, Suiça. Havia ainda o problema do domínio político do papa na península.
No século XIX, a Itália passa por um processo de unificação, conhecido por Risorgimento. Este significou a luta contra o poder da Igreja Católica e a presença estrangeira na península, principais obstáculos para a unificação do país sob um poder central. Progressivamente, as cidades italianas foram sendo conquistadas em combate e retiradas do controle político do Papa.
O risorgimento estabeleceu a dominação política da Casa de Saboia sobre toda a península. Em 1864, a capital do reino passa de Turim para Florença. Dois anos depois, Veneza é anexada e, finalmente, em 1870 Roma é tomada. A conquista desta última cidade pôs fim a mil anos de poder do papado e o Lácio é anexado ao reino.
Com a primeira convocação do parlamento italiano, em 1861, Vítor Emanuel II foi proclamado o primeiro rei da Itália no período 1861-1878.
A unificação da Itália foi uma revolução burguesa, um processo revolucionário liderado pela burguesia italiana em combate armado contra outros Estados estrangeiros e a Igreja Católica. O risorgimento cria a nação italiana moderna, hoje um dos países capitalistas mais desenvolvidos do mundo.