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Suicídio político: não atacar a extrema-direita para ela não crescer

Ontem, no dia 16 de julho deste ano, foi publicada uma matéria no sítio Jornal GGN um tanto curiosa. Em “O simbólico e o abismo: ou porque devemos temer a destruição da Lava Jato”, o autor, Fernando Horta, através de uma tortuosa trilha argumentativa chega à brilhante conclusão de que a destruição da operação golpista Lava Jato seria muito perigosa para a esquerda e o Brasil em geral.

Em uma longa e confusa matéria, Horta parte da premissa de que a direita, depois de investir muitos recursos no empreendimento golpista, não permitiria que a operação Lava Jato fosse destruída impunemente. Disto, tiramos a conclusão de que, já que a luta contra a direita golpista é uma luta encarniçada e muito violenta, à esquerda caberia apenas fazer a disputa subjetiva, simbólica.

Isto significa que, ao invés de partir para cima da Lava Jato, do governo Bolsonaro e do regime golpista de conjunto, o movimento popular deveria ficar em uma posição vacilante diante destes inimigos ferozes. Um verdadeiro suicídio político. A receita para não fazer a extrema-direita crescer seria parar de atacá-la. Na realidade, trata-se do extremo oposto. É preciso combater a extrema-direita nas ruas para evitar o seu desenvolvimento.

Evidentemente, este argumento fundamental do texto de Fernando Horta revela uma capitulação política. Desde o golpe de 2016 temos visto por uma série de diferentes acontecimentos que meras manobras institucionais não foram capazes de barrar a ofensiva da direita. Um movimento que procura, através de um convencimento puramente ideológico, reverter o atual quadro político brasileiro da mesma forma também está fadado ao fracasso.

Como Horta não acredita na força da mobilização popular, afinal ele teme que a luta contra os golpistas seja muito sangrenta, toda a linha argumentativa da matéria gira em torno da única perspectiva que sobraria, na visão do autor. Nas palavras do próprio, “O que busca o The Intercept é o que a esquerda como um todo, e o PT como partido, deveriam ter feito quando ainda detinham o poder de governo e nunca fizeram: criar uma narrativa que reorganize o simbólico na vida da maioria da população.”.

No fundo, poderíamos dizer que este argumento de Fernando Horta é uma espécie de reedição da capitulação de Jango, que queria evitar derramamento de sangue. No final da história, muito sangue foi derramado, principalmente da esquerda e do povo em geral, com o golpe militar de 64.

Evidentemente que o combate político e ideológico em todas as áreas é fundamental para a luta contra o golpe de Estado o Brasil. No entanto, este combate precisa servir para organizar um amplo movimento popular, que se mobilize concretamente nas ruas contra a direita. Ao invés de ficar em uma peleja quixotesca contra moinhos de vento, a esquerda deixar as vacilações de lato e utilizar as denúncias feitas pelo Intercept para organizar uma ampla mobilização popular pela Liberdade de Lula e pelo Fora Bolsonaro.

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