Na manhã de domingo (24) a Polícia Militar e a Guarda Civil Militar (GCM) acompanharam a pacífica reintegração de posse, exigida pela prefeitura de São Paulo, de Bruno Covas (PSDB), da favela do Cimento, como ficou conhecida, que margeia do Radial Leste, no entorno e abaixo do viaduto Bresser, Zona Leste de São Paulo.
No local só havia cinzas e destruição. Isso porque um acontecimento “convenceu” os moradores a deixarem o local na noite anterior. Um incendiado se abateu sobre os moradores, consumindo tudo que possuíam, nas vésperas da reintegração.
O fogo começou por volta das 20 horas do sábado (23) e se alastrou pelos barracos de madeira, só foi controlado pelos Bombeiros por volta das 22 horas. O resultado foi a destruição de quase todas as moradias, uma pessoa morta, 215 desabrigados incluindo 66 crianças. Um homem foi preso horas depois acusado de iniciar o incêndio.
Não seria leviano de nossa parte considerar o incêndio – tendo em vista o interesse da prefeitura em jogar a população na rua para reaver o local, muito provavelmente para entregá-lo a gabinete de privatização e servir-lo a especulação imobiliária, a formalização disso por meio do mandado de reintegração de posse, e o incêndio criminoso, que assassinou uma pessoas e que obrigou os moradores a saírem de suas casas sem paradeiro, quando não queriam sair e se dispunham a lutar contra a reintegração – não como fatalidade ou coincidência, mas como resultado de uma ação terrorista organizada por quem tem interesse no local.
O método fascista, a violência assassina, sempre foi utilizado pela burguesia, em maior ou menor escala para perseguir seus interesses. No Brasil os incêndios de favelas, cuja especulação imobiliária tem interesse e no local, é um exemplo desta violência, organizam incêndio para logo após se apoderaram do local. A prefeitura do PSDB deve explicações sobre a terrível “coincidência”, do seu interesse pelo local e o incêndio que matou e expulsou os moradores abrindo caminho a reintegração.
De todo modo o método fascista se expressa não só neste tipo de violência descrito, mas na própria “gestão”(guerra contra o povo pobre e negro em favor dos capitalistas) do PSDB, que criam uma situação social que obriga, pela falta de condições, pessoas a morarem em barracos, sem as mínimas condições, que age com extrema violência para despejar na rua a população de sua casas, tudo para atender os capitalistas, essas violências são tão profundas e fascistas, quanto a outra.
Neste espetáculo de horror protagonizado pelo PSDB e pela especulação imobiliária, há um papel coadjuvante e também horrendo para os “coxinhas” fascistas de São Paulo. Em um vídeo postado nas redes sociais pode se ver pessoas, a classe média do entorno, comemorando e insultados os moradores favela do Cimento enquanto a mesma arde em chamas. Um espetáculo fascista, grotesco, imundo.
Veja o vídeo: