A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) publicou no dia 14 de novembro, quinta, a relação entre número de candidato e de vagas para os cursos da Universidade de São Paulo (USP). No ranking o curso mais concorrido é o de Medicina, tendo em vista que uma vaga é disputada por 129 candidatos.
Como se o fato por si só já não fosse absurdo, a imprensa direitista ainda faz questão de tratar isso como se fosse perfeitamente normal. No final, aqueles que tem as maiores possibilidades de entrar são as pessoas que passaram a maior parte da vida escolar estudando em escolas particulares e que tiveram condições de pagar um curso preparatório ou professores particulares, o que não é a realidade da grande maioria dos brasileiros.
O ensino público deveria atender toda a população, com a qualidade e a infraestrutura suficiente para formar todos que quisessem ter acesso ao ensino universitário, tudo isso gratuitamente.
É por esse motivo que o PCO defende o fim do vestibular, só dessa maneira é possível garantir o acesso amplo e irrestrito à universidade. O exame é uma forma de impedir o acesso da população, sobretudo da classe trabalhadora, à educação superior.
É necessário construir um amplo movimento, que contenha estudantes e trabalhadores, não apenas por uma Educação pública e de qualidade, mas sim pelo fim do governo Bolsonaro e dos golpes na América Latina, evoluindo assim a organização da classe operária e caminhando em direção a um governo do trabalhadores.