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Fora imperialismo!

Abaixo o golpe militar na Bolívia!

Sucumbindo à pressão das Forças Armadas, o presidente Evo Morales renunciou seu cargo, concretizando mais um golpe militar na América Latina.

No último domingo (10), o mundo inteiro testemunhou mais um golpe de Estado dado pelo pelo imperialismo. Dessa vez, a vítima foi o povo boliviano, que, a partir de uma sequência de ataques da direita, teve o presidente Evo Morales deposto da presidência da República. A direita golpista boliviana se utilizou da mesma manobra política que o imperialismo tentou aplicar na Venezuela, até agora sem sucesso, e no Brasil, que culminou no golpe que derrubou Dilma Rousseff: colocar em xeque a credibilidade das eleições, afirmando que foram fraudadas e forçando uma situação que culminasse em novas eleições e, assim, consolidando o golpe.

Os ataques da direita na Bolívia, financiados pelo imperialismo, se intensificaram após as eleições presidenciais ocorridas em 24 de outubro deste ano, onde Evo Morales foi reeleito com 47,7% dos votos. Desde então, os direitistas tentaram tirar Evo Morales do poder, organizando inclusive os “coxinhatos”, em que os golpistas exigiam que Morales renunciasse ao seu mandato e pediam intervenção das Forças Armadas.

Nessa sucessão de ataques, ainda na tarde do domingo (10), as Forças Armadas “pediram” que Evo Morales renunciasse ao cargo. O “pedido” veio seguido de uma série de ataques violentos da extrema-direita boliviana, que incendiou a casa da irmã do presidente e de outros membros do partido de Evo Morales – o Movimento ao Socialismo (MAS) – e partiu para cima dos militantes da esquerda. Evo Morales cedeu à pressão da direita e renunciou, concretizando mais um golpe de Estado na América Latina. Ameaçado pelos militares e pelas organizações fascistas, deputados e ministros do governo, além do vice-presidente da República, também entregaram seus cargos.

A forma como se deram os acontecimentos na Bolívia não deixa margem para dúvida. O povo boliviano foi vítima de mais um golpe militar. A história mostra que as Forças Armadas nunca “pedem” nada: exigem e, caso não sejam atendidas, põem os tanques nas ruas. Foi por meio de ameças como essas que, em 2018, os militares garantiram a prisão do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Todo esse cenário fica ainda mais sombrio quando foi revelado pelo jornal boliviano El Periódico uma série de áudios onde se revela o apoio não só das igrejas evangélicas, mas do presidente golpista Jair Bolsonaro, ao golpe que já estava em curso na Bolívia. Ao que parece, Bolsonaro, capacho do Trump, estava dando suporte a alguém de sua confiança, que estava assessorando um candidato presidencial, que seria o líder da oposição, Luis Fernando Camacho. Esses áudios ainda mostram que os planos da direita boliviana para consolidar o golpe eram falar mais de política nas igrejas, a fim de colocar lideranças religiosas nos cargos de prefeitos, ministros, governadores, etc., assim como aqui no Brasil.

Embora a direita tivesse decidida há dar o golpe há bastante tempo, a política adotada por Evo Morales nas últimas semanas demonstrou uma disposição insuficiente para manter o governo boliviano sob controle popular. Morales, sobre pressão da imprensa capitalista mundial, autorizou que a Organização dos Estados Americanos (OEA), representante do imperialismo, tutelasse as eleições bolivianas, o que levaria, inevitavelmente, a uma operação para que Evo Morales não assumisse seu quarto mandato. No domingo, antes de ser deposto, o próprio Evo Morales anunciou a realização de novas eleições, capitulando, assim, para os interesses da direita.

O golpe na Bolívia abre caminho para a ofensiva imperialista dentro da América Latina, que tenta tomar a Venezuela de Maduro, reprimir as manifestações do povo chileno, controlar a situação na Argentina e tomar conta do Brasil. É hora do povo boliviano se mobilizar nas ruas. Sendo assim, somente a força popular será capaz de conter essa sequência de ataques e capitulações. Após a ofensiva da direita e a expulsão do presidente boliviano, a tendência é que as Forças Armadas tomem conta do regime político.

É preciso reagir imediatamente ao golpe militar na Bolívia, antes que a direita avance ainda mais e consiga estabelecer condições para entregar todo o patrimônio boliviano às aves de rapina da burguesia internacional. Não ao golpe militar na Bolívia! Fora imperialismo da América Latina!

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