O Complexo Médico Penal de Pinhais, na grande Curitiba, testemunhou um motim na manhã desta sexta-feira (16/8). Segundo os agentes penitenciários, dois de seus funcionários foram feitos reféns enquanto transferiam um preso. Eles chegaram a ser feridos, mas sem gravidade, e a situação foi acalmada.
A rebelião ocorreu na galeria 3 do presídio. A direção do presídio não informou quantos presos estão lá atualmente, apenas negando a existência de superlotação. É difícil acreditar em tal afirmação, já que a regra nos presídios brasileiros é a superlotação. É difícil também imaginar que as pessoas presas em ambientes tão degradantes e repressivos como estes se rebelariam – arriscando inclusive serem mortas – sem motivos.
Em outra ala ficam os presos políticos da Lava Jato, como Delúbio Soares, Paulo Vieira de Souza, Paulo Preto, Léo Pinheiro e Zé Dirceu. A situação crítica do presídio acaba direcionando os olhos para este problema e gera pressões sobre a Lava Jato.