Logo após declarar abertamente aos equatorianos que gostaria de ter um diálogo a respeito dos protestos, o presidente Equatoriano, Lenin Moreno, decretou toque de recolher na capital do país, Quito, impondo uma ditadura no país.
Com a medida do golpista, as forças armadas anunciaram que irão restringir a mobilidade por 24 horas em todo país, acabando com o direito de ir e vir da população, sob o pretexto de defender “áreas sensíveis e de importância estratégica” do território nacional.
Esta restrição permite aos militares controlarem todos espaços públicos, junto ao toque de recolher que passa a valer desde sábado (12), traindo novamente as representações populares, que se mostram dispostas a dialogar com Moreno.
Na tarde da última sexta-feira (11), Lenin Moreno foi a rede nacional de televisão sugerir um dialogo com as lideranças indígenas, linhas de frente nas grandes mobilizações que tomaram o país. A proposta foi vaga, apenas informou que “o país deve recuperar a calma”, porém, após diálogo com as comunidades, foi aceito o diálogo direto. O estes setores não imaginavam, é que a posição de Moreno serviria apenas como uma tentativa de conter o movimento, enquanto desferia mais um duro ataque à população.
O presidente equatoriano justifica as ações ditatoriais como uma forma de “facilitar o desempenho da força pública contra os excessos intoleráveis de violência”, declaração que pouco esconde a política de massacre contra o povo adotada desde o inicio das manifestações.
He dispuesto el toque de queda y la militarización del DMQuito y valles. Empezará a regir a las 15:00. Esto facilitará la actuación de la fuerza pública frente a los intolerables desmanes de violencia.
— Lenín Moreno (@Lenin) October 12, 2019
O toque de recolher por exemplo, é uma evolução da medida parcial adotada anteriormente em Quito, onde se antes valia para áreas em torno dos prédios públicos, agora corresponde a toda capital, intensificando a repressão no Equador.
O país está sob estado de exceção desde o dia 3 de outubro, como resposta do governo à grande revolta que tomou a nação.
Com isso, Moreno passou a usar incansavelmente as forças armadas contra seu próprio povo, além de fugir da população, mudando a sede do governo de Quito para Guayaquil, escondendo-se dos protestos.
Quito ficou tomada pela mobilização popular desde que o decreto de fim da política de subsídios a combustível foi anunciado. Atualmente, o prefeito da capital equatoriana declarou que o presidente deveria revisar esta medida, tomada em acordo com o FMI, que está levando a um estado de ebulição todo país.
Há mais de 10 dias o povo do Equador está nas ruas contra o governo de Lenin Moreno, que subiu ao poder após dar um golpe interno no partido de Rafael Correa, enganando toda população, e a traindo ao tornar-se presidente. A mobilização dos equatorianos é mais um dos intensos sintomas que aparecem por toda América Latina, após as revoltas na Argentina, Brasil, etc. A luta contra o imperialismo vem evoluindo desde então, levando ao povo latino americano a uma unidade contra a presença imperialista na região e contra seus governos capachos.
No Equador é Fora Moreno, no Brasil é Fora Bolsonaro. E em toda América Latina o povo clama pelo Fora Imperialismo.