O governo golpista do ilegítimo Jair Bolsonaro conseguiu aprovar sua reforma da Previdência na Câmara dos Deputados essa semana. Com um placar esmagador, os parlamentares direitistas operaram o maior roubo direto ao bolso dos trabalhadores feito até hoje. São R$1 trilhão em dez anos, tirados diretamente dos trabalhadores que contribuem durante a vida inteira com a Previdência na esperança de conseguirem uma aposentadoria no final de suas vidas.
Para evitar isso, lideranças sindicais e partidárias da esquerda procuraram fazer uma campanha específica em torno de uma reivindicação isolada: contra a reforma da Previdências dos golpistas. Protestos específicos foram chamados com essa pauta, e essa foi a reivindicação central apresentada pela Greve Geral do dia 14 de junho. O resultado acabou sendo o mais desastroso possível: uma derrota retumbante na Câmara dos Deputados.
Essa pode ser mais uma de uma série de derrotas diante do governo ilegítimo da direita golpista. As lutas tomadas isoladamente dão à direita golpista a oportunidade de derrotar os trabalhadores do início ao fim do governo Bolsonaro, concentrando-se em uma pauta isolada de cada vez. E, em muitos casos, concentrando-se em um setor da população de cada vez. Ora podem ser os estudantes lutando contra os cortes na educação, ora qualquer outro setor da população afetado pelas medidas do governo.
Por isso é preciso juntar-se ao clamor popular, entoando com a população a palavra de ordem que aparece espontaneamente cada vez que o povo se reúne nas ruas para protestar: Fora Bolsonaro! Essa palavra de ordem concentra em si todas as pautas contra o governo Bolsonaro, seja a luta para recuperar as aposentadorias que a direita está roubando de milhões de brasileiros, seja a luta contra os cortes na educação.
Enquanto as lutas dispersas só contribuem com a dispersão, e com a desmoralização a cada derrota, alimentando a confusão no movimento contrário ao governo, a mobilização em torno de uma palavra de ordem que concentra todas as pautas contra Bolsonaro tende a acumular forças enquanto a mobilização, mesmo com altos e baixos, cresce. O resultado da reforma da Previdência na Câmara demonstrou o fracasso das lutas dispersas. É hora de levantar a palavra de ordem das ruas: Fora Bolsonaro!