Eleições municipais

Hungria: extrema-direita perde prefeituras, mas mantém predomínio

Em Budapeste, Fidesz perdeu para candidato "democrata" da burguesia e do imperialismo

O último domingo (13) foi dia de eleições municipais na Hungria. Após seus resultados terem sido divulgados, elas foram consideradas a primeira derrota em dez anos do Fidesz, o partido governista de extrema-direita do país, mesmo partido do primeiro-ministro fascista Viktor Orbán.

Dez das 23 maiores cidades do país foram parar nas mãos da oposição ao Fidesz. A mais importante delas, a capital Budapeste, teve uma disputa acirrada entre o atual prefeito, István Tarlós (Fidesz) e Gergely Karacsony (Diálogo para a Hungria). O opositor venceu com 50% dos votos, contra 46% do situacionista.

Karacsony é um sociólogo ecologista considerado de “centro-esquerda”, que recebeu o apoio das mais variadas siglas partidárias contra Tarlós, com exceção do Jobbik – um partido fascista, à direita do próprio Fidesz.

Agora, o novo prefeito de Budapeste entra em cena para implementar a política da burguesia e do imperialismo, uma vez que a aliança que o levou à vitória nas eleições – ao contrário do que propaga a esquerda internacional – não é nem de longe uma frente única antifascista, mas um “balaio de gato” com os principais partidos da burguesia. Alguns desses partidos fizeram coligação com o Jobbik em outras cidades, demonstrando que a burguesia não tem nenhum pudor em levar a extrema-direita ao poder quando quiser.

O próprio Karacsony demonstrou ser um representante do imperialismo quando, durante a campanha eleitoral, teve um artigo de sua autoria publicado no destacado jornal britânico Financial Times, um dos mais importantes órgãos de imprensa do imperialismo mundial.

É importante recordar que o regime de Orbán (no poder desde 2010) tem sido marcado pela intensa restrição às liberdades democráticas, dentre elas a perseguição à esquerda e seus partidos e organizações, principalmente os comunistas. Mas também instituições típicas da própria democracia burguesa parlamentar têm sido atacadas, como o judiciário, a imprensa, o sistema educacional. Além disso, este ano impôs uma reforma trabalhista e pelo menos desde 2015 vem fechando o país cada vez mais para imigrantes.

E essa derrota em Budapeste, apesar de ser a capital do país, não é tão significativa como se poderia imaginar para o Fidesz. O partido de extrema-direita continua forte a nível regional e dominando a maioria das principais cidades da Hungria. De fato, as eleições municipais do último domingo não acabaram com o predomínio que a extrema-direita tem da política nacional nos últimos dez anos.

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