O principal cavalo de batalha da direita golpista contra a esquerda e para impor sua política neoliberal foi a denominada “luta contra a corrupção”, um véu de demagogia espúria que encobre a face horrenda da política neoliberal e da ditadura, os verdadeiros objetivo da burguesia. Com esse argumento, uma miragem, que colocou setores da esquerda na defensiva, a direita golpista eliminou o regime político existente, cujo, marco foi a deposição da presidenta eleita, suspendeu os direitos políticos e democráticos da população e passou a um profundo ataque às organizações dos trabalhadores e as condições de vida do trabalhador brasileiro.
A “luta contra a corrupção”, como farsa e parte central do processo golpista, teve como resultado natural a promoção de uma camarilha fascista e corrupta do baixo claro da burguesia brasileira ao poder, já que mesmo sendo feita sob medida para destruir a esquerda, acaba afetando de maneira residual os grandes corruptos, que são os partidos tradicionais da burguesia, abrindo espaço assim para a extrema-direita e seu discurso pseudo-radical.
Também a “luta contra a corrupção” é o argumento sob medida para a burguesia, sobretudo a burguesia identificada como “democrática”, justificar sua completa adesão ao fascismo da camarilha liderada por Jair Bolsonaro, que chega ao poder. Contudo, em poucos dias de posse o fino véu da “luta contra a corrupção”, para quem ainda tinha crença nela, caiu por terra, o rosto horrendo do neoliberalismo é tudo que sobrou.
O líder da camarilha fascista, Bolsonaro, em seu primeiro decreto presidencial fixou o salário mínimo abaixo do que constava no orçamento da União já aprovado pelo Congresso. O que já era ruim para o trabalhador, um reajuste que colocaria o salário mínimo no valor de R $ 1.006, como constava no orçamento, tornou-se pior com Bolsonaro, que interveio para rebaixa-lo, fixando-o em R$ 998. Desde seu primeiro dia o governo Bolsonaro atua para roubar os trabalhadores brasileiros.
Também em seu primeiro dia como ministro da Economia da camarilha golpista e fascista, Paulo Guedes ao assumir o cargo oficialmente nesta quarta-feira (02), afirmou que os três pilares da nova gestão serão: a reforma da previdência, ou seja, acabar com a aposentadoria e todo o sistema de seguridade social público, as privatizações, quer dizer a entrega ao capital privado, que ele mesmo representa, do patrimônio público, do patrimônio do povo brasileiro, e simplificação, redução e eliminação de impostos, que aqui significa, naturalmente, eliminar as barreiras a atividade comercial e especulativa dos grandes capitalistas internacionais no país.
Fica evidente que nunca houve qualquer luta contra a corrupção, tratou-se apenas de uma manobra da burguesia para encobrir seus crimes, fica evidente também que o governo Bolsonaro é um governo inimigo do povo brasileiro, um governo de tipo colonial, comprado para atender interesses estrangeiros e que pretende jogar milhões de trabalhadores brasileiro na mais terrível miséria. A camarilha fascista e corrupta que tomou poder, querendo passar-a por mestres da honestidade e do patriotismo, são na verdade e apenas vis traidores da Pátria e inimigos do povo do brasileiro.