Em meio à sequência de golpes na América Latina, a organização das Nações Unidas (ONU) segue a cartilha do imperialismo e se alinha à direita golpista. Nesta terça-feira (19), o governo da Nicarágua recebeu um aviso do gabinete da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet: “acabe com a repressão persistente da dissidência”.
“Estamos muito preocupados com a situação de 13 pessoas que entraram em uma igreja na Nicarágua como uma forma de protesto, e que foram cercadas pela polícia”, disse Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado.
Estranhamente, em 2003, quando os EUA invadiram o Iraque – sem o aval da ONU, não houve alarde, assim como no caso dos últimos bombardeamentos na Síria. No entanto, quando os interesses do imperialismo entram em cena, o arauto dos direitos humanos entra em ação e cria as condições para uma intervenção ulterior do próprio imperialismo; e no final, quem os segurará? Haverá o empenho na divulgação das atrocidades do imperialismo? Ora, a história nos afirma resolutamente: não!
Diante da escalada imperialista contra governos nacionalistas, era de se esperar que a ONU cumprisse seu papel de submissão aos interesses do imperialismo. Nesse sentido, é preciso deixar claro que embora procurem apresentá-la como neutra e acima dos conflitos, a ONU não passa de um verniz para cobrir os estragos que os países imperialistas promovem nos países mais atrasados. Esse, portanto, é mais um golpe que faz parte da onda golpista na América Latina.