A partir de terça-feira-feira(9), os preços da gasolina e do diesel serão reduzidos. O anúncio foi realizado pela Petrobras na segunda-feira(8). De acordo com a empresa, o preço médio da gasolina cairá 4,4% e o do diesel 3,8%. Dessa maneira, nas refinarias, o valor médio do litro da gasolina passará para R$ 1,6817 e do diesel para R$2,0649.
No entanto, este reajuste nas refinarias será repassado para os consumidores acrescentando os tributos, as margens de distribuição e revenda e a mistura obrigatória de biodiesel tanto na gasolina quanto no diesel.
Como é possível notar, a alta no preço dos combustíveis está diretamente relacionada à política de preços que foi instituída pela nova gestão da Petrobras após o golpe de 2016. Dessa forma, a Petrobras não controla mais diretamente o preço, como era feito nos governos Lula e Dilma, o que evitava as variações da inflação e tornava possível determinar o preço de acordo com o mercado internacional.
De acordo com Cloviomar Caranine, analista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e assessor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a política de preços da Petrobras realizada atualmente tem como objetivo o desmonte da empresa, pois, ao tornar viável alinhar os reajustes de preços dos combustíveis com o mercado internacional de petróleo, o atual governo quer que as petrolíferas estrangeiras adquiram as refinarias no Brasil, que só operariam no Brasil mediante uma garantia de preços mais altos. Em um ano e meio, a Petrobras pretende vender 8 refinarias.
Desde 2017, durante o governo do golpista Temer, a gasolina acumula, nas refinarias, alta de 28,54% e o diesel 52,20%. Estes fatos evidenciam que, embora, esta semana, a imprensa venda a falsa ideia da queda no preço dos combustíveis, já são quase 30% de aumento sob a nova política de preços adotada por Temer em 2017 e mantida por Bolsonaro. Uma política neoliberal que penaliza a população em nome do lucro de poucos capitalistas.