As mobilizações e greves continuam na França contra a proposta do governo neoliberal de Macron de “reforma” da Previdência. Nesta terça-feira (17), se inicia uma nova jornada de mobilizações e greves de professores, trabalhadores dos transportes, médicos e magistrados.
Os transportes públicos no país estão praticamente paralisados. Verifica-se 620 km de engarrafamentos nas estradas da região de Paris. Em diversas localidades, ocorrem bloqueios de estradas e confrontos com as forças de repressão. Os sindicatos e o governo acusam-se mutuamente pela paralisação do país e não há sinal de trégua até o momento, apesar das tentativas do governo de manobrar para esvaziar a mobilização e impor uma derrota ao movimento.
O movimento dos coletes amarelos tem entrado em cena nas ruas do país. Na atual etapa da luta em curso, a própria classe operária que se coloca em luta contra o governo.
A crise na França é expressão da crise capitalista que se manifesta no mundo todo. Na América Latina, o que se observa são levantes generalizados das massas populares contra os governos neoliberais, caso da própria França.
O que impede que a mobilização evolua e instaure uma crise revolucionária no país é a política conservadora das direções dos movimentos operário e sindical e da esquerda francesa, que não colocam a palavra-de-ordem de Fora Macron e ficam se limitando a uma luta por reivindicação parcial, caso da “reforma” da Previdência.