O governo fraudulento e fascistóide de Jair Bolsonaro, ilegítimo e em queda livre de popularidade como nunca se viu antes em qualquer outro governo em tão pouco tempo, está fazendo veicular, através do Ministério da Educação, propaganda em redes sociais, onde anuncia, para o ano de 2020, a implantação do modelo de escola “cívico-militar”, com meta a ser alcançada em mais de 200 estabelecimentos de ensino.
Trata-se, evidentemente, de uma ofensiva não só reacionária e direitista contra o currículo disciplinar atualmente existente no ensino médio em todo o país, como vai no sentido, de forma clara e inequívoca, da imposição de uma verdadeira ditadura aos alunos das escolas, com uma indisfarçável orientação fascista, que é a marca da administração bolsonarista, vale dizer, a fascistização da sociedade em todos os seus segmentos.
Em Goiás e no Distrito Federal as experiências de escolas militarizadas já são uma realidade. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) – uma espécie de “bolsonarinho” do cerrado -, assim como Bolsonaro, também já repudiado pela população local, elegeu como prioridade a ocupação das escolas pelos militares, implantando uma experiência piloto em 4 (quatro) estabelecimentos de ensino. Neste segundo semestre, o governador bolsonarista do DF avançou em mais 6 (seis) escolas, no projeto de militarização/fascistização do ensino médio em Brasília e nas chamadas cidades satélites, onde está concentrada a população pobre e explorada do Distrito Federal.
O nome dado a esta ofnsiva fascistóide é enganador aos olhos da população, pois intitula-se “gestão compartilhada”, um eufemismo utilizado para encobrir o verdadeiro propósito do projeto, que é impor às escolas a disciplina ditatorial dos quartéis, onde a norma passa a ser a repressão, o silêncio, o terror e o medo. Em todo o país, estima-se que mais de 70 (setenta) escolas estejam neste momento ocupadas por força militar, em pelo menos 14 estados.
Dessa forma, mesmo com o governo vivenciando seu pior momento, com sua popularidade despencando e amplamente repudiado pela maioria da população, a ausência de uma campanha de denúncia do caráter fascistóide do governo faz com que Bolsonaro e seus aliados em diversos Estados leve adiante sua ofensiva e seus ataques às camadas exploradas do povo trabalhador, investindo contra os direitos democráticos da população. Não há uma só campanha por parte da esquerda oficial, parlamentar, institucional denunciando as investidas direitistas e fascistóides do governo Bolsonaro contra a população e seus direitos, cada dia mais vilipendiados.
A única forma eficaz de se opor a toda esta hedionda e reacionária campanha da extrema direita nacional contra o país e o conjunto da sociedade é através da denúncia sistemática do governo Bolsonaro, da sua investida contra o ensino, contra os estudantes, contra a educação, contra as universidades, contra os trabalhadores, contara a população pobre e explorada, contra os negros, contra as mulheres, contra a juventude que habita a periferia das grandes cidades, que vem sendo assassinada pela PM. É necessário colocar na ordem dia e mobilizar a população pelo “Fora Bolsonaro”, por novas eleições, pela liberdade do ex-presidente Lula, e que ele possa concorrer às eleições sem qualquer restrição aos seus direitos democráticos.
