Na terça-feira (12), esteve em votação na Câmara Legislativa do DF o projeto que pretendia suspender a militarização das quatro escolas que já estão sob o novo modelo na capital federal. O projeto foi proposto pelo deputado Leandro Grass, em consonância com outros deputados que se colocaram contra a gestão compartilhada das escolas com a Policia Militar.
O projeto em si visava a suspensão da militarização, uma vez que a mesma fere uma série de leis que dizem respeito a gestão democrática das entidades de ensino. Além disso, de maneira acertada, foi denunciado pelos deputados que defendiam o decreto de suspensão, que a forma como esse novo modelo foi simplesmente empurrado goela a abaixo dos professores e estudantes denota seu caráter arbitrário e a maneira como a extrema-direita já faz avanços significativos dentro das instituições já dominadas pelos golpistas.
Contudo, colocado em votação, o projeto foi rejeitado pela CLDF, sendo 15 votos contrários ao decreto e 5 favoráveis. O que ficou claro com toda a discussão feita durante a votação, é que a extrema-direita já se sente à vontade no cenário no político, um estímulo do então representante da mesma, Jair Bolsonaro -eleito pela fraude eleitoral- ouriçou os capachos do imperialismo que se fazem presente e já colocam o discurso bolsonarista em pauta de forma aberta.
Estudantes e professores das escolas militarizadas estiveram presentes se contrapondo à política fascista, desde o princípio já ficou proibida a entrada acima de 40 pessoas na sessão, mais uma maneira de excluir principalmente os estudantes do processo, mas de fundamentalmente impor a política bolsonarista. Além disso, durante o prosseguimento da discussão, usando a repressão a seu favor, o presidente da CLDF expulsou professor que se manifestou durante a sessão.
Um ponto importante a ser destacado dentre os argumentos defendidos por Leandro Grass, cujo está respaldado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), onde o órgão determinou que policiais e bombeiros não devem ser alocados em outros órgãos públicos que não dizem respeito a segurança pública, ou seja devem permanecer propriamente no seu órgão de origem. Uma vez que esta transferência de oficiais gera um grave desvirtuamento do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) afirmou o ministro Bruno Dantas, relator do processo, sabendo que os mesmos são custeados pelo fundo.
Portanto, mais uma vez fica comprovado que o governo bolsonarista de Ibaneis está aí para cumprir a agenda do regime golpista, e mais do que isso, impor a política fascista arbitrariamente dentro das escolas. Deixando claro, que a perseguição de professores e estudantes e de seus movimentos de luta dentro da escola, será feita de maneira desenfreada e generalizada, censurando e massacrando. Transformando as instituições de ensino em verdadeiros redutos de recrutamento da direita fascista.