A repressão contra a população chilena só tem aumentado desde que a população começou as manifestações no país andino. A ditadura de Piñera tem utilizado formas de repressão que se assemelham em muito com a da época do ditador Pinochet. A única saída para a crise é a continuação e intensificação da luta até que Piñera seja derrubado pela força popular.
A ditadura do Chile está procurando manifestantes e ativistas e os retirando de dentro de suas casas para os levar à prisão. Além disso, a polícia está atropelando as pessoas nas ruas, tanto com seus camburões quanto com sua cavalaria. Enquanto isso, a população reage com o que pode, com pedras, paus e barras de ferro.
É importante destacar a capitulação por parte dos partidos de esquerda no país, que não estão se juntando à população e tentam fazer uma nova constituição em um acordo por cima, mantendo Piñera no poder, o que vem sendo rechaçado pela população.
A população do Chile pede sabiamente a renúncia de Piñera e não demonstra que irá ceder. De maneira semelhante está se mobilizando o povo colombiano, que vem pedindo o Fora Duque. A Colômbia é o país com a explosão popular mais recente no continente, demonstrando mais uma vez a tendência de luta da população contra os golpistas.
Tudo isso serve de exemplo ao Brasil. Por aqui, a esquerda pequeno burguesa age de maneira a compactuar com o regime de Bolsonaro, que vem aprofundando cada vez mais uma ditadura contra o povo brasileiro. É necessário somar o Brasil ao resto dos países latino-americanos, que aliás, é a melhor forma de apoiar os levantes que vem acontecendo nos países vizinhos.
O imperialismo não demonstra que irá ceder sem uma intensa luta popular. Prova disso é a possibilidade de a direita ganhar as eleições no Uruguai, contrariando mais uma vez a tese da esquerda pequeno burguesa de que as coisas estavam voltando para a normalidade com a eleição do não tão esquerdista Alberto Fernandez na Argentina. As forças da extrema direita também tem avançado na região, com torturas, prisões, mortes e a mais dura repressão. Caso a classe trabalhadora não lute contra ela na América Latina, a tendência é de que os regimes se fechem em ditaduras fascistas na região.
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